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De onde veio o fast food? - Diário de Omaha 80

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Misael Guedes

Misael Guedes

Redação

De onde veio o fast food?

Por Misael Guedes

Hoje, na correria do dia a dia, é muito comum optar por uma rede de fast food ao invés de parar pra comer em um restaurante. Contudo, essa opção, que para a maioria de nós sempre existiu, não era uma realidade até os anos 50. Naquela década, com o grande crescimento econômico experimentado no pós-guerra, os Estados Unidos nadavam de braçada pra se tornar a superpotência capitalista no mundo ocidental. Isso trouxe grandes mudanças na forma como se via e consumia os alimentos.

A quantidade de carros nas ruas aumentava significativamente, e o ritmo de vida de todos foi ficando cada vez mais acelerado. Esse ritmo frenético ficou associado à necessidade de não perder dinheiro. O famoso "tempo é dinheiro" veio nessa época. Com isso, a alimentação acabou se tornando trivial e, a partir daí, o hábito de fazer refeições rápidas se tornou tendência desse novo estilo de vida americano.

Foi nesse momento que surgiu o fast food. O conceito do fast food é simples: alimentos de rápido preparo para rápida entrega e de fácil consumo. A origem do fast food, entretanto, é um terreno um pouco turvo. Existem diversas teorias, e várias reivindicações surgiram ao longo do tempo, com relação a sua criação. Porém, a primeira rede focada em hamburger foi a White Castle, fundada em 1916.

primeiro local de venda de hamburguer da empresa

Pode copiar, só não faz igual…

Alguns anos depois, uma rede de fast food — acredito que você a conheça bem, o McDonald's — vinha se expandindo numa velocidade monstruosa. Isso chamou a atenção de Keith Kramer e Matthew Burns.

Juntos, no maior estilo "pode copiar, só não faz igual" criaram, em 1953, o "Insta-Burger King" em Jacksonville, na Flórida. A grande ‘’diferença’’ da rede deles para as demais era que eles apostaram numa grelha chamada "Insta-broiler" para fazer os hambúrgueres grelhados, enquanto o padrão no mercado era preparar os hambúrgueres na chapa.

"Insta" do nome da grelha vem de "instant", ou instantâneo em português, que remete à velocidade de produção dos hambúrgueres. No início venderam bem a ideia, e através do sistema de franquias conseguiram expandir os negócios pra outras localidades dos Estados Unidos.

No ano seguinte, David Edgerton, engenheiro recém-formado, comprou sua primeira franquia Insta-Burger King. Logo ele percebeu que a localização da franquia era um fator determinante para a venda de lanches e apostou em Miami para abrigar sua segunda unidade. Nessa época, ele conheceu Jim McLamore, com quem se associou. A dinâmica era simples: Dave cuidava dos processos e operacional, enquanto Jim era mestre na administração das coisas.

Mas o início não foi fácil. A dupla teve problemas não só com os fornecedores, mas também com as máquinas Insta-Broiler, que apresentavam panes frequentemente e comprometiam as vendas. Dave então criou uma churrasqueira a gás de cadeia contínua para substituir a problemática Insta-Broiler. Mal sabiam eles que isso mudaria o futuro do BK.

Nessa mesma época, Frank Bates, também dono de uma franquia Insta-Burger King, criou em San Antonio o que seria o lanche mais icônico do BK: o Whooper, um sanduíche muito maior que qualquer outro no mercado. O sanduíche fez tanto sucesso que as outras franquias o colocaram no cardápio também. Com a nova criação, as vendas cresceram bastante, assim como o número de franquias. Em pouco menos de 2 anos já eram mais de 40 franquias pelos Estados Unidos.

Mesmo com o grande progresso e aumento na receita recebida pelos franqueados, os fundadores originais entraram em uma profunda crise financeira, sendo obrigados a vender a empresa.

McLamore e Edgerton, que haviam prosperado em Miami, não perderam a oportunidade e se apressaram pra comprar os direitos de uso exclusivo da marca em 1959. Pouco depois, em 1961, a rede foi renomeada para Burger King of Miami e, posteriormente, para Burger King. Os anos seguintes foram de rápido crescimento em vendas e a rede ganhou fama nacional.

Em 1967, a rede possuía mais de 270 restaurantes e foi comprada pela Pillsbury Company, que pagou US$ 18 milhões. O sistema de franquias da Burger King implementado por McLamore e Edgerton foi o que permitiu esse ritmo de expansão. Porém, junto desse crescimento veio um problema.

falta de rigidez contratual e de controles internos sobre a operação dos franqueados levou a inconsistências em seus produtos que, por sua vez, prejudicaram a reputação da rede. Basicamente, a rede de franquias não seguia um padrão de qualidade. Além disso, os acordos feitos eram fracos. A empresa tinha pouco poder e, consequentemente, os franqueados faziam o que bem entendiam. Muitas vezes, essas decisões unilaterais prejudicavam a marca.

Vendo isso, a Pillsbury, buscando ganhar mercado do principal rival e botar ordem na casa, colocou em prática um plano audacioso pra se recuperar. Ele consistia em contratar um dos principais executivos do McDonald's, Donald Smith, para ser o CEO da empresa e reestruturar a parte de franquias.

Donald pôs em prática a "Operação Fênix", reestruturando todos os contratos e botando ordem na cozinha. As vendas não pararam de crescer.

O BK se tornou enfim a segunda maior rede de hambúrgueres dos EUA, com 275 restaurantes em funcionamento e mais de 8000 funcionários. Mesmo assim, ela ainda não chegava nem perto da rede dos Arcos Dourados. Acontece que a ida de Donald para a Pepsico Inc, em 1980, fez tudo desandar. As vendas começaram a despencar.

A empresa até tentou a sorte com outros executivos, mas não teve sucesso. Em 2010, após anos estagnada e passando por diversas aquisições, um novo controlador surgiu para mudar o jogo: o Grupo 3G (sim, aquele mesmo).

O toque verde e amarelo no BK

Com a chegada da 3G Capital ao comando do Burger King, muita coisa precisava ser mudada para que o BK voltasse à briga com o McDonald’s pela liderança do fast food. Principalmente na gestão das franquias.

Buscando remodelar o sistema de franquias, a gestão resolveu validar uma nova forma de administrar os restaurantes fora dos Estado Unidos, através de contratos de franqueadora master. O protótipo do projeto foi lançado justamente aqui no Brasil, sendo aprovado e espalhado pelo mundo.

O projeto consistia em:

1 - abrir uma empresa subsidiária no país onde buscavam desenvolver a rede;

2 - fazer parcerias com fundos de investimentos que possuíssem conhecimento sobre o mercado local, arrecadando o dinheiro necessário pra iniciar a operação

3 - manter a participação no capital dessa empresa.

Essa empresa receberia o contrato de franqueadora master e com isso realizaria o desenvolvimento dos restaurantes utilizando a marca.

Ou seja, os restaurantes seriam dessa nova empresa no Brasil, tanto os abertos por ela mesma quanto as franquias, que não seriam mais franquias diretas da Burger King e sim subfranquias dessa nova empresa. Assim, a Burger King receberia royalties sobre o faturamento dessa empresa com os restaurantes e as subfranquias.

Vinci Partners entrou na jogada como investidora e formou, junto com a 3G Capital, uma joint-venture com o objetivo de administrar e desenvolver de forma exclusiva a marca BURGER KING no Brasil. Com isso surgiu a Burger King Brasil em 2011.

O contrato funcionava da seguinte forma: 20 anos de vigência com possibilidade de extensão por mais 20 e direito de ser a representante oficial da marca no Brasil.

A estratégia inicial era a seguinte: usar o dinheiro captado pra incorporar as maiores franquias do BK aqui no Brasil, pra iniciar a operação, e, com os lucros desses restaurantes, abrir novas unidades. O plano foi iniciado em 2012 com a aquisição da BGK, uma das primeiras franquias do BK no país, com 41 restaurantes e 16 quiosques de sobremesa distribuídos no Estado de São Paulo.

A partir daí não pararam mais de fazer aquisições de franquias e abrir novas unidades. Até que, em 2017, chegou o tão sonhado momento que quase toda empresa almeja alcançar: o IPO. Em outubro daquele ano, a Burger King Brasil protocolou o pedido de abertura de capital, e em dezembro ocorreu a oferta.

O IPO da Burger King Brasil se consistiu em uma oferta primária de 49 milhões de ações ordinárias e uma secundária de 60 milhões de ações também ordinárias, totalizando R$ 1,9 bilhão. O ticker escolhido foi "BKBR3" e a empresa foi listada no Novo Mercado da B3.

O dinheiro do IPO já tinha destino: acelerar a expansão. E não poderia haver forma melhor do que trazendo uma nova marca, com muito potencial pro cardápio da empresa. A BK Brasil fechou o contrato pra ser a franqueadora e desenvolvedora master da Popeyes Louisiana Kitchen, com um contrato nos mesmos moldes do que foi feito com a marca Burger King.

imagem promocional  do popeyes

Popeyes é a segunda maior rede de fast food focada em frango frito do mundo, atrás apenas do KFC. Apesar de ser bastante conhecida mundo afora, a rede ainda não tinha nenhuma unidade aqui no Brasil. Assim, o desenvolvimento da marca seria a partir do absoluto zero.

Desafio aceito! A BK Brasil queria usar toda a experiência acumulada com o Burger King ao longo dos anos para desenvolver a marca Popeyes.

A expansão estava seguindo o seu curso e a BK Brasil já dava bons lucros, mesmo em ritmo alto de crescimento e com investimentos frequentes. Mas aí chegou a pandemia do COVID-19, que jogou água nos lanches da empresa.

Durante a pandemia, os shoppings ficaram fechados por muitos meses, causando uma queda drástica na receita da BK Brasil. Como se já não fosse suficiente, a Zamp sofreu mais que o principal concorrente, isso porque mais de 70% de suas unidades ficavam em praças de alimentação de shoppings, enquanto o seu concorrente direto possuía apenas 39%.

Com a possibilidade do drive-thru e delivery na maioria das unidades, o Méqui conseguiu se sustentar melhor durante o período mais difícil.

A BK Brasil, por outro lado, precisou fazer uma oferta pública, dessa vez exclusivamente primária, pra reforçar o capital de giro. Ela conseguiu captar R$ 510 milhões numa oferta que movimentou cerca de 47 milhões de ações a R$ 10,80 cada uma.

É hora de Zampar!

Após os turbulentos anos de 2020 e 2021, a BK Brasil aprovou, em uma Assembleia Geral Extraordinária, a mudança do nome da empresa. O "Burger King Brasil" deixaria a cozinha para a chegada da "Zamp".

A mudança visava recolocar a empresa no mercado não mais somente como "a representante da marca Burger King no Brasil", mas como uma "house of brands". Assim, em outubro de 2022, o ticker BKBR3 deu lugar ao ZAMP3.

Esse modelo "house of brands" já havia sido aplicado no Burger King em 2014. Naquele ano, os controladores da empresa, buscando ganhar mercado no Canadá, se uniram à rede Tim Hortons, uma rede canadense de café e donuts. O resultado disso foi a criação da RBI, Restaurant Brands International, empresa que abrigaria todas as redes de fast food dos controladores. Hoje a RBI é dona das marcas: Burger King, Popeyes, Tim Hortons e Firehouse Subs.

Ainda em 2014 a Zamp foi alvo de uma tentativa de aquisição hostil. A MC Brazil, representante da Mubadala Capital aqui no país,fez uma oferta de OPA por 45,15% das ações da empresa. Caso a oferta fosse aceita, o fundo árabe passaria a ser o controlador da empresa, já que alcançaria 50,10% do capital social. A oferta foi de R$ 7,55 por ação, ajustada depois para R$ 8,31 por ação.

O Conselho de Administração da Zamp recomendou, num fato relevante, que os acionistas da empresa recusassem a oferta, já que num parecer emitido pelo BTG Pactual, o valor justo encontrado para as ações estava entre R$ 9,60 e R$ 13,47. Um grupo de fundos de investimentos, que somados possuíam 22,5% do capital da empresa, também emitiu um fato relevante se mostrando contra o aceite da oferta por parte dos demais acionistas.

Mas o que mais chamou a atenção foi a forma como tudo foi conduzido. A Mubadala informou que precisava da garantia de que, caso a oferta fosse aceita, os contratos de master franqueadora da Zamp não seriam alterados ou cancelados. A Zamp respondeu dizendo que a alteração do controle por si só não implicaria na quebra dos contratos, mas que a RBI, com quem a Zamp possui os contratos das suas marcas, poderia ter um entendimento diferente.

A RBI informou em uma carta que não poderia garantir que os contratos não seriam alterados ou cancelados sem antes fazer uma análise da ofertante e fez alguns questionamentos ao fundo.

Após responder aos questionamentos, o fundo pediu novamente a confirmação de que a Zamp não perderia os contratos. A Zamp novamente informou que somente a RBI poderia responder essa questão. E esse jogo durou quase dois meses.

Até que a RBI fez um pronunciamento final, informando que não garantiria a continuidade dos contratos, porque descobriu, através de uma due diligence, que o fundo árabe tinha participação em negócios concorrentes aos da Zamp na Ásia, e como as marcas Burger King e Popeyes são globais, entenderam isso como um conflito de interesse.

Com a possibilidade de rescisão dos contratos no radar, o fundo retirou a oferta, criticando a postura da RBI por não ter deixado claro no prospecto de IPO e no FRE da empresa que uma mudança no controle poderia ocasionar a quebra dos contratos de franqueadora.

Após um ano bem agitado, a Zamp fechou 2022 com 990 restaurantes espalhados pelo Brasil, que levaram pra empresa a maior Receita Líquida de sua história: R$ 3,65 bilhões, sendo R$ 3,4 bilhões de receita provenientes da rede Burger King e R$ 163 milhões da rede Popeyes.

separação da proporção de restaurantes da zamp

Ficou curioso sobre a ZAMP3? Então fica ligado porque ela é uma das próximas empresas a estrear no VBOX!

😎Fala Dudu!

Sua carta sátira semanal do gestor do primeiro hedge fund de Niterói

Por @dudufromniteroi

Dudu entrou em crise pela derrota do Mengão para o Tricolor Paulista.

RIPchefinho

Aproveitei que ele não veio para o escritório, boletei alguns lotes de VIAA3 porque sonhei que ia dar bom e saí mais cedo pra ir jogar beach tennis.

Um beijo do estag.

🍷 Sommelier

📺 Vídeos

Vale a Pena Investir em RAIL3?

Por Thiago Duarte

O Youtube está contaminado com conteúdo raso e ruim. É uma proliferação sem fim de canais que fazem uploads de vídeos cujo conteúdo é apenas leitura de sites de múltiplos passados, como se a simples constatação de um P/L ou P/VP abaixo da média histórica fosse o suficiente para concluir que uma ação é uma oportunidade de compra ou não.

E o pior, esses mesmos canais repetem mantras sobre preço teto e fórmula Graham, como um modo universal de definição de preço, mas que na verdade não podem ser replicadas para qualquer tipo de empresa. Inclusive tenho minhas dúvidas se a fórmula de Graham é efetiva. Desconfio que não.

Em primeiro lugar, ela foi criada há quase um século, em um mundo completamente diferente, quando as grandes empresas tinham uma operação muito sustentada em Ativos Imobilizados. São as petroleiras, metalúrgicas, siderúrgicas, e indústrias do século passado. A economia atual é leve em ativos, e todas as grandes empresas hoje tem um balanço contábil bem diferente dos dinossauros do século XX. Estamos na era do Asset Light, do software, da Inteligência Artificial. Isso quer dizer que o Valor Patrimonial (VP) dessas empresas é bem mais baixo. E VP é um dos fatores da fórmula de Graham.

Em segundo lugar, ela foi criada para o mercado americano, cujos múltiplos são muito maiores que os múltiplos do mercado brasileiro. Isso por si só exigiria uma adaptação na fórmula para o nosso mercado, que não é feita por ninguém.

Ela basicamente é repetida pelos canais como se fosse um dogma a ser seguido e nunca investigado. São os famosos canais papagaios. É muito simples notar um. Se você usa o Youtube já deve ter percebido o que estou falando. São canais diferentes que se repetem em conteúdos, sem absolutamente nenhuma informação nova, nunca.

Enfim, nosso trabalho é nunca ser um simples papagaio. Por isso o vídeo de hoje é super importante.

Eu consegui uma autorização especial e limitada para subir nosso vídeo com a análise completa de uma ação muito requisitada: Rumo Logística (RAIL3).

Nele você vai conferir nossa análise em três pontos: História, Modelo de Negócios e Abacaxis/Gatilhos. Claro, ao final você ainda vai ter acesso ao nosso preço justo para ação.

Além disso, na descrição do vídeo vou deixar um link para download gratuito do nosso relatório sobre RAIL3. Lá você encontrará todas as premissas que usamos no nosso Valuation, feitas pelo método mais confiável e eficiente: o Fluxo de Caixa Descontado.

Afinal, uma empresa vale a quantidade de dinheiro que ela vai conseguir gerar no futuro, trazida a valor presente.

Muita gente pede por análises completas de ações no canal, mas a gente não pode fazer isso toda hora e disponibilizar todos os nossos relatórios completamente gratuitos, por que isso seria uma injustiça com os nossos assinantes.

Então aproveite a oportunidade, porque ela é limitada!

Ah, e se fizer o download, não se esqueça de deixar um like e um comentário no vídeo, em troca de todo esse conteúdo gratuito que você vai receber.

Mas pra não falar que esse é o único vídeo de análise do canal, lá você vai encontrar essa playlist, que ainda está pequena, mas com o tempo vai ficar gigante! Ou seja, melhor começar de uma vez a assistir aos vídeos.

⏳ Atemporalidades

Leia agora, leve pra vida.

  • Tudo que é bom precisa de tempo. Não trabalhe com pressa. Entre nos detalhes; compensa em todos os sentidos. Tempo significa poder para o seu trabalho. A mediocridade está sempre com pressa; mas qualquer coisa que valha a pena ser feita, vale a pena ser feita com consideração. A genialidade nada mais é do que fazer bem o que qualquer um pode fazer mal — Amelia Barr
  • Se você perguntasse a um oráculo qual o segredo para se fazer um ótimo trabalho e ele respondesse com uma única palavra, eu apostaria em "curiosidade". — Paul Graham

Por hoje é só pessoal 🤙

Bebam café, se hidratem e entrem nos detalhes.

Boa semana e bons negócios!

Tem alguma dúvida, crítica ou sugestão pro Diário? É só responder esse e-mail ou mandar uma mensagem no Twitter pros nossos editores @guilhermevcz@thiagomd_1 e @gabeboente.

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