Saldo de Gols
Por Gabriel Boente
Para quase todo mundo, futebol é uma marca registrada no Brasil. De fato, é o esporte mais popular do nosso país. Quem nunca gritou pela janela “GOOOOL”, depois de ver seu time estufar a bola na rede? É uma sensação maravilhosa.
Ao mesmo tempo que é sensacional ver o seu time fazer um gol ou ganhar um campeonato, também é muito triste ver o seu time perdendo um campeonato e se afogando em dívidas. Por conta dessas dívidas, muitos clubes têm buscado outras formas de financiamento.
A Lei da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) foi aprovada em 2021. Desde então, muitos clubes correram pra alterar o seu estatuto e virar clube-empresa. Dentre esses clubes está o Botafogo.
Todo mundo conhece o Glorioso (Botafogo). Há cerca de um ano ele foi comprado pelo americano John Textor, mas pouca gente sabe que, por trás desta compra, dois brasileiros foram fundamentais pro negócio acontecer: Tairo Arruda e Danilo Caixeiro.
Thairo nasceu no interior de São Paulo e passou por diversas indústrias de diferentes setores. Já o Danilo nasceu no Rio de Janeiro e construiu sua carreira em bancos. Os dois se conheceram na Universidade de Yale, enquanto faziam o MBA.
A história desses dois brazucas é muito curiosa. Eles criaram a Yale Soccer Conference, em 2019, porque queriam comprar um time de médio porte e levá-lo ao sucesso – quem não gostava de fazer isso no modo carreira da FIFA?
Nessa conferência eles conseguiram juntar representantes de gigantes do futebol europeu. O objetivo era atrair mais projetos para a empresa deles, a Matix Capital, que basicamente é uma empresa que auxilia compradores na aquisição de times de futebol para investir.
Inicialmente, a Matix tinha como foco times europeus, em especial times de Portugal, por conta da Lei das SAD (Sociedade Anónima Desportiva) do país. A primeira aquisição dos sócios, inclusive, seria o Clube Académica de Coimbra, de Portugal.
Quando eles estavam perto de fechar com um investidor, a pandemia veio e melou todo o plano da dupla. Como na época as aglomerações não estavam permitidas e o estatuto do clube não permitia assembleia online, eles não conseguiram realizar a compra. Meses depois o investidor desistiu do negócio.
Então, eles decidiram procurar outro investidor para fazer negócio. Foi assim que, no meio do ano de 2021, eles mandaram uma mensagem via LinkedIn para o John Textor. Na época ele estava finalizando sua aquisição do Crystal Palace, da Inglaterra, e do Benfica, de Portugal.
Os dois sócios estavam de olho no mercado brasileiro e mapeando bons clubes que estavam aderindo à Lei da SAF (Sociedade Anônima do Futebol) do Brasil, que na época tinha acabado de ser aprovada no congresso. Um detalhe é que tanto o Danilo quanto o Thairo chegaram a participar de comissões em Brasília, apresentando dados aos deputados com os benefícios da aprovação da Lei.
Quando eles fizeram a proposta pro Textor, para trabalharem juntos, o empresário ficou muito desanimado, porque inicialmente a ideia não era investir no Brasil. Mas, como brasileiro nunca desiste, os sócios continuaram conversando até conseguirem mudar a ideia dele. E deu certo!
Textor queria comprar um clube pequeno, mas que ainda fosse da primeira divisão. Quando a proposta do Botafogo foi apresentada, ele não topou a ideia logo de cara, por ser um clube grande no futebol brasileiro.
Como a Matix Capital é uma empresa intermediadora para investidores que querem comprar um clube de futebol, Daniel e Thairo foram apresentando os dados do Botafogo e do futebol brasileiro, até que conseguiram convencer o empresário a entrar no negócio.
Os pontos que os dois sócios utilizaram para definir o Botafogo como o investimento ideal foram:
- Governança: porque eles queriam comprar uma SAF onde o comprador tivesse controle sobre a gestão do negócio;
- Comercial: tinha que ser um clube conhecido para que não precisassem fazer a marca crescer;
- Estrutura da gestão: eles queriam um clube que tivesse o mínimo de estrutura em seus processos onde eles tivessem apenas que otimizar.
Agora vocês podem estar se perguntando: “porque alguém que já tem dois times na Europa decidiu comprar um time na América do Sul?”. Basicamente, John Textor tem como objetivo criar uma rede de grandes clubes e em grandes ligas. É parecido com o funcionamento do Grupo City, que possui times em todo canto do mundo.
Essa abertura de capital dos clubes de futebol brasileiros é como a abertura da Rússia pro capitalismo, com o fim da União Soviética. Porque antes muitos clubes não tinham dono e o que eles mais tinham eram dívidas. A tendência é que o futebol brasileiro comece a se modernizar pra que não fique pra trás no mundo.
Obviamente, o clube não vai virar uma potência logo no primeiro ano de venda. O Botafogo é a prova disso. Tanto Textor quanto o Thairo e o Danilo sabem que os primeiros anos são anos de reestruturação. Isso vale pra qualquer negócio: ninguém consegue consertar em 1 ano algo que foi destruído em 30 ou 40 anos.
Não adianta o proprietário da SAF querer botar a carroça na frente dos bois, porque apesar de no curto prazo poder funcionar no longo prazo o clube voltará a acumular milhões de reais em dívidas.
O Cruzeiro é um bom exemplo. Em apenas uma década conseguiu conquistar 4 competições nacionais de grande porte, mas depois foi rebaixado e se afundou em dívidas. Tudo isso aconteceu por conta de uma péssima gestão.
Todos os clubes que aderirem ao modelo clube-empresa estarão fazendo um trabalho pra colher os resultados no longo prazo.
Diferentemente do modelo tradicional no qual os clubes eram geridos, esse modelo de SAF coloca um dono pro negócio. Nesse caso, os clientes são os torcedores, que esperam não só um clube bem financeiramente, mas também um time pra brigar por grandes títulos. Mas isso só o tempo dirá.
😎Fala Dudu!
Sua carta sátira semanal do gestor do primeiro hedge fund de Niterói
Por @dudufromniteroi
Todo Carnaval tem seu fim. O que não acaba mesmo é a taxa de administração do NAM que segue nos dando alegria🙏Buongiorno, meus sobrinhos. Titio Dudu está de volta com energias renovadas de Carnaval e trades bem sucedidos em bloquinhos (no Rio de Janeiro. Niterói ficou devendo um pouco)
Bora pras notícias das semanas passadas?
Tá easy pra nobody - Quando pregamos que você deve investir é justamente para ter uma margem de segurança contra imprevistos da vida. Uma doença, um casamento ruim, uma viagem aos EUA de última hora ou até mesmo a perda de um emprego. No último fim de semana, o Deputado Eduardo Bolsonaro soltou o anúncio de que a família mais brasileira dos EUA (a dele) está vendendo CALENDÁRIOS com fotos dos melhores momentos de Bolsonaro no poder, na BOLSONARO STORE.
Este produto está saindo por R$ 49,90. A grande preocupação aqui nem é com a venda de calendários em pleno 2023, mas sim com as receitas, que serão em reais, enquanto os custos do bolsopai são em dólar. Valuation complicado…
Eu vi gnomos, gnomos em todos os lugares - No último fim de semana, o presidente do México, Andrés Manuel, compartilhou uma foto em seu Twitter oficial de um bicho que, supostamente, seria um alux, que é tipo um ELFO MAIA. Acontece que a foto já roda pela internet desde 2021 e cada vez é de um país diferente. Eu invejo os mexicanos, pois o presidente está apenas investindo naquela fake news raiz, aquela marota, que não faz ninguém tomar remédio errado.
Enquanto os mexicanos se contentam com o Légolas (elfo de O Senhor dos Anéis), o Brasil deveria investir mais em seu folclore de bicho que aparece no mato, como o ET Bilu e a Criatura de Goianinha.
Após ler em meu face - Também neste último fim de semana, o Wall Street Journal publicou uma matéria intrigante: eles tiveram acesso a um relatório de inteligência do Departamento de Energia dos EUA, que afirma que o coronavírus provavelmente surgiu do vazamento de um laboratório chinês.
A origem da Covid é quase um debate entre criacionismo e evolucionismo (mesmo que comer morcego não pareça algo que um ser evoluído faria). E esse debate esteve em pauta por um bom tempo nos piores períodos da pandemia.
Mas aí vem a questão: o próprio Departamento de Energia dos EUA, após afirmar a origem, diz que é uma conclusão de “baixa confiança”. Até hoje não existe um consenso entre as agências sobre a origem do vírus, apesar de que a maioria diz que foi via sopinha de morcego.
Ou seja, no final das contas ainda não podemos culpar a China pelo vírus chinês. Pelo menos não oficialmente.
Sonhar mais um sonho possível - Semana passada, a ANTT publicou a autorização para a construção dos trilhos da ferrovia do trem-bala, que liga Rio-São Paulo, o sonho de consumo de todo consumidor de ponte aérea (eu).
A empresa que detém a licença é a TAV Brasil. Ela disse que planeja começar a operar em 2032. Se você é uma pessoa que diz acreditar no longo prazo, agora é a hora de ter fé.
Por conta disso, nosso time de estatística, moralidade e rateio de apostas (TEMOR), levantou a possibilidade das Americanas pagarem suas dívidas antes do trem-bala ser real. Como eu confio muito nesse time, estamos short em São Paulo (tanto o time, quanto a cidade).
Novamente, um beijo de verão, meus sobrinhos. Até semana que vem!
A Nova Tesla?
Por Saulo Pereira
A Tesla é uma empresa bastante conhecida no mundo. Seja por causa dos seus carros elétricos ultra tecnológicos, seja por causa do seu CEO, Elon Musk (dispensa apresentações).
Desde a sua fundação, em 2003, muitas grandes empresas se viram ameaçadas com sua rápida ascensão. Hoje, a Tesla tem valor de mercado de U$ 650 bilhões e já chegou a valer U$ 1 tri. Por conta da ameaça, as outras empresas do setor estão correndo atrás para se consolidar no mercado de carros elétricos o mais rápido possível.
Por outro lado, esse rápido crescimento incentivou mais empresas de carros elétricos a surgirem, como a Rivian. No momento de seu IPO em 2021, ela chegou a passar o valor de mercado da GM, da Fiat e da Ford. O mais curioso é que a Rivian chegou nesse patamar sem ter entregue praticamente nenhum veículo vendido (apenas 156 unidades).
Antes de abrir seu capital, a Rivian tinha atraído investimentos de gigantes do mundo todo, como a Amazon e a Ford. Mas, como alguém consegue atrair investimento dessas empresas sem entregar uma quantidade razoável do seu produto prometido? Bom, diferente da Tesla, a Rivian veio com uma proposta inovadora: criar modelos SUVs de carros elétricos.
A história da Rivian se inicia como uma boa história de grandes startups dos EUA: um jovem ambicioso começa sua empresa, na garagem da sua casa, com uma proposta muito diferente e querendo mudar o mundo.
Robert Scaringe tinha apenas 27 anos na época em que decidiu colocar essa sua ideia em prática. Engenheiro Mecânico formado pelo prestigioso MIT, Robert também concluiu o doutorado pela mesma universidade.
Após concluir esses estudos, em 2009, ele decidiu criar seu próprio negócio. Robert queria entrar no ramo automotivo, mas não queria que o seu veículo fosse igual aos outros. Ele levava em consideração todo o prejuízo que os combustíveis fósseis traziam, como a emissão de carbono no ar e nas disputas geopolíticas. Além disso, ele costumava se locomover de bicicleta, tomar banhos gelados e lavar roupas à mão para diminuir a própria emissão de carbono.
As primeiras pessoas que toparam trabalhar com o Robert foram seus contatos do MIT, que eram ex-funcionários de grandes empresas de carros consolidadas, como GM, Ford e a própria Tesla.
A ideia para o primeiro protótipo era que ele fosse um veículo esportivo, compacto, híbrido e acessível. Eles não conseguiram construir o veículo exatamente da forma que eles queriam, mas ainda assim conseguiram atrair a atenção de algumas indústrias.
Eles chegaram a receber alguns investimentos privados, mas a ideia do esportivo não foi pra frente. Foi aí que Robert notou algo que faltava nos veículos elétricos: os modelos SUV (Sport Utility Vehicle). Pra relembrar, os SUVs são aqueles modelos de carro mais avantajados e bastante espaçosos, feitos pra circular tanto dentro quanto fora da cidade, como a linha Renegade da Jeep. É a “caminhonete urbana”.
A partir daí, a Rivian colocou todas as suas forças na construção de protótipos SUVs e conseguiu atrair investimentos suficientes. Esses esforços deram certo e, em 2017, ele comprou uma fábrica abandonada da Mitsubishi. Com isso a Rivian conseguiu aumentar seu quadro de funcionários e ter seu primeiro centro de fabricação. Ainda assim faltava uma coisa muito importante pro negócio automotivo: o automóvel.
Os primeiros protótipos, R1T e R1S, foram apresentados 1 ano mais tarde, no LA Auto Show. O diferencial é que além de serem os primeiros protótipos de SUVs e Pick-up elétricos, eles poderiam atrair aquelas pessoas que não gostavam da Tesla e os que não queriam comprar um Sedan elétrico.
Os carros da Rivian possuíam uma boa autonomia. Com uma única carga conseguiam percorrer 400 km a 600 km (é como sair da cidade do Rio de Janeiro e ir para a cidade de São Paulo). Além disso, os veículos conseguiam chegar de 0 a 100 km/h em apenas 3 segundos. Os carros eram bem potentes e agradaram muita gente.
Após isso, eles conseguiram captar cerca de U$ 2,5 bilhões de investimentos para o lançamento dos modelos no mercado. Além disso, eles fecharam uma parceria com a Amazon pra produzir 100 mil vans elétricas até 2024. Essas captações trouxeram bastante confiança para os novos investidores colocarem capital na Rivian.
A Ford também entrou nessa brincadeira com o foco em formar uma parceria com a Rivian pra construírem um novo carro elétrico. Toda essa agitação do mercado de colocar dinheiro em uma empresa que mal tinha produzido um veículo veio com um preço.
O início da produção dos veículos estava agendada inicialmente para 2020, mas devido à pandemia ela começou apenas em setembro de 2021. Quando fez a sua estreia na NASDAQ, as ações da Riviam estavam inicialmente avaliadas em cerca de U$ 76 e depois do IPO já estavam valendo mais de U$ 106. Um expressivo aumento de quase 30% em apenas um dia.
Toda essa euforia com a Rivian também contou com a contribuição de fatores externos. Dois fatores foram o IPO acontecer na mesma época da COP26 e do presidente dos EUA, Joe Biden, anunciar sua promessa de campanha, de investir em pontos de recargas pra veículos elétricos. Essa rápida subida de valor da empresa poderia vir com uma queda muito pior e até mesmo o próprio Elon Musk estava cético se a Rivian conseguiria cumprir suas promessas.
Outro problema era que os compradores dos primeiros modelos de carros da Rivian tinham que esperar até 2 anos pra conseguirem ter o veículo na sua garagem. Com a pandemia esse tempo aumentou. E por conta da inflação, os compradores receberam uma carta assinada pelo CEO alegando que eles teriam que desembolsar mais 20% do valor original pra poderem ter seus veículos.
Obviamente, isso deixou todo mundo que fez a reserva irritado e muita gente cancelou o pedido. Isso fez a Rivian voltar atrás para não aumentar o preço de quem já tinha reservado seus veículos e permitir ressarcimento aos que já haviam cancelado seus pedidos. Toda essa trapalhada da empresa fez com que ela visse seu valor de mercado diminuir.
Desde o IPO, em novembro de 2021, as ações da Rivian já despencaram mais de 85%. Essa queda vem sendo ocasionada, principalmente, por não ter conseguido cumprir as metas inicialmente estabelecidas. Outro fato que gerou muita desconfiança foi a obrigação dos acionistas, que entraram no IPO, de ficar com as ações da empresa por pelo menos 180 dias.
A Rivian possui um problema que muitas indústrias têm: logística. Além disso, ela já ganhou a “fama” de empresa com baixa taxa de entrega de veículos. Enquanto empresas com menos valor de mercado, como Mitsubishi e Fiat, conseguiram entregar centenas de milhares de veículos em 2022, a Rivian entregou míseros 13 mil veículos.
Como se já não bastasse todos esses problemas que a Rivian estava enfrentando, em outubro de 2022, a empresa fez o recall de praticamente todos os veículos entregues. Isso por conta de um potencial problema que poderia afetar a direção dos automóveis.
Todos esses problemas fizeram empresas já consolidadas no mercado entrarem no mercado de SUVs elétricos, como a Chevrolet e a Ford. Além disso, o próprio Elon Musk vem provocando a Rivian e já chegou a alegar que a empresa está falindo.
Isso não significa que a empresa realmente vá falir nos próximos anos. Eles estão começando a lidar com a produção em massa há pouco tempo e podem reverter a situação com uma gestão eficaz. A própria Tesla passou por uma situação parecida quando começou sua produção em massa.
Claro, não dá pra achar que ela conseguirá chegar ao mesmo patamar da Tesla em pouco tempo. A Tesla, atualmente, também fabrica baterias e é comandada por um executivo que é CEO do Twitter, da SpaceX, da Solar City e outras empresas inovadoras. A probabilidade de Robert Scaringe conseguir levar sua empresa rapidamente ao mesmo nível de Musk é baixa.
Mas, ainda assim, a Rivian possui um grande diferencial frente às concorrentes: ela é autêntica. Enquanto muitas montadoras tradicionais chamam de SUV quase todo veículo novo, a Rivian de fato possui veículos que fazem jus ao nome. Há diversos reviews independentes disponíveis que mostram essas características únicas dos seus carros.
Público e um produto “must-have” ela já tem. Falta somente calibrar os pneus e ter energia pra subir a rampa de crescimento.
⏳ Atemporalidades
Leia agora, leve pra vida.
- “Não faz sentido olhar para trás e pensar: devia ter feito isso ou aquilo, devia ter estado lá. Isso não importa. Vamos inventar o amanhã e parar de nos preocupar com o passado”
- Steve Jobs, que completaria 68 anos, na semana passada
- “Ser bom é fácil. O difícil é ser justo”
- Victor Hugo, autor de Les Miserables, que nasceu há 221 anos.
- “Fui obrigado a conviver a vida toda com essa dualidade: apaixonado pela ficção, de um lado, e tendo que trabalhar com a informação no dia a dia” - Ruy Castro, jornalista brasileiro que completou 75 anos na semana passada.
Por hoje é só pessoal 🤙
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