Renda Fixa

Investindo em Renda Fixa: O Guia Para Quem Nunca Saiu Da Poupança

25min de leitura

Lucas Guimarães

Lucas Guimarães

Analista Chefe, Co-fundador da Varos

Renda Fixa

Se você tem investimentos na poupança, não se preocupe. Aqui você vai aprender tudo sobre como investir em renda fixa, neste guia completo!

Muito antes de começar a investir, ainda criança, ouvia meu pai comentar sobre investimentos, bolsa de valores, taxa SELIC (não sabe o que é? Calma! Continue lendo que eu te explico daqui a pouco) e alguns outros aspectos da economia.

De fato, eu não entendia uma palavra sequer, mas alguma coisa fazia meus olhos brilharem: o fato de ganhar dinheiro enquanto eu poderia estar na praia ou jogando bola com os amigos.

Esse foi um dos primeiros motivadores que fizeram meu interesse por educação financeira existir e crescer junto comigo, enquanto eu amadurecia.

Agora, eu te pergunto: quem não gostaria de ganhar dinheiro, enquanto não faz nada? Se essa parece ser uma pergunta fácil de ser respondida, a realidade é tão óbvia quanto: a oportunidade de ganhar dinheiro sem fazer absolutamente nada NÃO EXISTE.

O que não estava claro àquela época, para mim, era que este “nada” significava saber: em que instituição investir, analisar riscos, taxas, prazos, garantias, carência, investimento mínimo, retorno financeiro, diversificação e imposto de renda. (Ufa! quem diria em.)

Tenho certeza que este também é o seu caso, por mais que seus motivos e objetivos sejam outros, assim como os meus, hoje, são completamente diferentes.

À medida que eu crescia e compartilhava das opiniões do velho, volta e meia ouvia em algumas discussões: “deixar suas economias na poupança é perder dinheiro” ou “seu gerente do banco está te fazendo perder dinheiro”.

Isso me deixava intrigado: como alguém pode colocar seu dinheiro, que foi conseguido com horas e horas de trabalho, em algum lugar de modo a perder dinheiro?

De fato, a resposta era simples: essa pessoa não sabia o que estava fazendo.

A realidade é que a maior parte da população brasileira não entende de investimentos e isso não é uma surpresa.

Uma aula sobre investimentos, educação financeira ou sobre a importância do dinheiro e a função dele na vida das pessoas passa longe das salas, inclusive nas melhores escolas.

Sem dúvidas, é um dos principais motivos para os brasileiros ainda deixarem seu dinheiro na poupança e terem medo de tudo que envolva dinheiro e matemática, ao mesmo tempo.

Se você tem investimentos na poupança ou conhece alguém que tem, fico feliz por você ter lido até aqui.

Continue lendo, porque vou te explicar tudo que você precisa saber para sair da poupança e começar a investir em renda fixa, HOJE mesmo!

Neste artigo você vai aprender sobre:

  • O que é renda fixa?
  • Indexadores e suas características
  • Títulos prefixados e pós-fixados
  • O que é cada uma dessas siglas malucas: CDB, LCI, LFT, etc.
  • Porque poupar pouco não é desculpa para não investir em renda fixa
  • Riscos da renda fixa
  • O que é liquidez e porque você precisa saber disso
  • Como comparar investimentos de renda fixa
  • Aonde investir

Mas afinal, o que é renda fixa?

Imagine que você está endividado e precisa pegar dinheiro emprestado no banco.

O banco aprova seu empréstimo e te empresta dinheiro, mas para isso cobra juros de você. No caso da renda fixa, os papéis estão invertidos.

Isso mesmo! Agora quem está emprestando dinheiro é você e, por isso, é a sua vez de receber os juros.

Renda fixa é apenas um termo, utilizado para classificar qualquer tipo de investimento que possui uma regra de remuneração conhecida e data de vencimento.

Isso significa que você sabe quanto vai ganhar no investimento que fizer e que, quando ele vencer, você receberá seu dinheiro.

Indexadores

A regra de remuneração varia para cada renda fixa e pode ser chamada também de indexador (este é o nome difícil que utilizam para que você não entenda). Os principais indexadores utilizados no Brasil são:

Taxa SELIC: é o que chamamos de taxa básica de juros da economia.

Basicamente, é a taxa que o governo paga quando pega dinheiro emprestado no mercado. Para os curiosos, a sigla SELIC é a abreviação de Sistema Especial de Liquidação e Custódia.

Certificado de Depósito Interbancário (CDI): antes de mais nada, é importante dizer que CDI e DI (depósito interbancário) são a mesma coisa. Então, quando você ler em algum lugar alguma dessas siglas, saiba que não há diferença entre elas.

O DI, como o nome diz, é um depósito realizado por um banco para outro banco, para suprir alguma necessidade de caixa.

Cada banco, ao realizar este depósito, cobra uma taxa do outro, que pode ser diferente a cada depósito. Sendo assim, a média dessas taxas que são cobradas pelos bancos para emprestar dinheiro entre si é chamada de taxa DI.

Uma grande parte dos investimentos em Renda Fixa (RF) utiliza a taxa CDI (não se esqueça, é a mesma coisa que DI ) como base para dizer quanto vai te pagar, e expressa isso em porcentagem.

Separamos um comparativo de alguns investimentos para ilustrar como você verá, quando estiver analisando seus investimentos de renda fixa.

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Como você pode ver, na coluna rentabilidade está expresso quanto do CDI, determinado investimento está pagando.

Por exemplo, o CDB do banco Máxima com prazo de 720 dias, possui rentabilidade de 114% do CDI ao ano.

Isso significa que, se o CDI estiver valendo 15%, a rentabilidade desse investimento será 17,1% = 114% x 15%.

Não se preocupe com as outras colunas agora. Falaremos de cada uma delas mais pra frente.

Deu pra perceber que existem outros indexadores, além do que já falamos aqui. Então, vamos continuar.

IPCA: A nossa popular inflação ou Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo. O IPCA é um índice utilizado para avaliar a variação no preço dos itens consumidos pelas famílias brasileiras.

Dentre esses itens estão: alimentação, transporte, comunicação, despesas pessoais, vestuário, habitação e saúde. Praticamente, tudo que é consumido pela grande maioria da população.

Por isso, possui grande relevância no mercado e é utilizado como indexador.

IGPM: menos popular que o IPCA, o Índice Geral de Preços do Mercado também é a “nossa inflação”. A diferença está na maneira como o cálculo é feito. O IGPM é muito utilizado para atualizações de preço no mercado imobiliário.

Se você prestou atenção na tabela acima, percebeu que os últimos títulos não possuem nenhum indexador. Isso se dá pelo fato de serem investimentos prefixados.

Os indexadores que comentei são utilizados para títulos pós-fixados.

Mas, o que seria prefixado e pós-fixado?

Prefixado é todo investimento que você pode calcular no início, exatamente quanto receberá ao final do vencimento do título.

Por exemplo, na nossa tabela, temos um CDB do Banco Modal que paga 13,2% de juros sobre o valor que você investir.

Isso significa que independente de quanto esteja valendo o IPCA, o CDI ou qualquer outro indexador, aquele CDB te pagará 13,2% ao ano.

Já os títulos pós-fixados, estão atrelados a indexadores.

Eles também são investimentos em renda fixa, pois, apesar de não ser possível calcular, no momento da aplicação, exatamente quanto você receberá ao final do investimento, sua regra de remuneração é conhecida e possui data de vencimento.

Por exemplo, um CDB do Banco Original que paga 103% do CDI.

Não conseguimos calcular exatamente quanto receberemos, porque não sabemos o valor exato do CDI (já que ele varia), mas sabemos que independente de qual for esse valor, receberemos 103% dele.

Bem, agora que falamos sobre como é a regra que o dinheiro que você investirá em renda fixa segue para aumentar, vamos desmistificar essa sopa de letrinhas que é a renda fixa e fazer você entender para onde está indo o dinheiro que você está emprestando.

A sopa de letrinhas

CDB, Debênture, LC, LCI, LCA, LTN, LFT, NTN-F, NTN-B, etc. São tantas opções de renda fixa, que podem te deixar louco e acabar fazendo você desistir delas.

Por isso, explicarei de maneira rápida o que é cada um deles, para que você saiba diferenciá-los.

CDB (Certificado de Depósito Bancário): você empresta dinheiro para um banco. Nesse caso, seu dinheiro será utilizado pelo mesmo para realizar algumas de suas operações.

Debênture: título onde você empresta dinheiro para empresas privadas, para que elas possam financiar seus investimentos.

LC (Letra de Câmbio): parecido com o CDB, só que neste caso, o emissor é uma financeira e não um banco.

LCI (Letra de Crédito Imobiliário): quando investe em LCI, você está emprestando seu dinheiro para instituições públicas ou privadas, autorizadas pelo Banco Central, financiarem negócios do setor imobiliário.

LCA (Letra de Crédito do Agronegócio): equivalente à LCI para o setor de agronegócio.

Até agora falamos basicamente de tipos de investimentos emitidos por empresas públicas ou privadas, mas também existem títulos emitidos pelo governo.

Tesouro Direto

No caso dos investimentos no Tesouro Direto, estamos emprestando dinheiro para o governo financiar suas diversas atividades como as da saúde, infraestrutura, educação, etc. Existem algumas opções de investimentos no Tesouro Direto, que diferem em alguns aspectos.

Tesouro Direto — Prefixados

Tesouro prefixado ou LTN (Letras do Tesouro Nacional): quando você investe em LTN você tem o retorno da sua aplicação somente na data de vencimento do título ou no resgate do título (caso queira retirar o dinheiro antes). No vencimento, você receberá R$1000 para cada unidade do papel.

NTN-F (Notas do Tesouro Nacional série F): diferente da LTN, na NTN-F o pagamento de juros ocorre a cada seis meses. A cada pagamento semestral incide o Imposto de Renda. Da mesma maneira, ao final do investimento você receberá R$1000 para cada papel que possuir.

LTN e NTN-F são títulos públicos prefixados. Isso significa que sabemos exatamente quanto receberemos ao final da aplicação (R$1000 por cada papel).

Nesse caso, é aconselhável mantê-lo até a data de vencimento, pois caso opte por resgatar antes, o governo irá te pagar o valor do título na data do resgate, que pode ser menor do que o contratado na data da compra.

Tesouro Direto — Pós-fixados

Tesouro SELIC ou LFT (Letra Financeira do Tesouro): como o nome diz é um investimento do tesouro direto que utiliza a SELIC como indexador.

Assim como a LTN, o retorno é recebido somente na data de vencimento ou caso opte por vendê-lo antes, o governo recomprará o título pelo valor de mercado.

Tesouro IPCA+ com juros semestrais ou NTN-B (Notas do Tesouro Nacional série B): assim como a NTN-F, há pagamento de juros semestrais com incidência de imposto de renda.

A diferença é que a NTN-B é um título pós-fixado indexado ao IPCA.

Isso significa que seu rendimento é dado pelo IPCA + uma taxa predeterminada, da mesma forma que os títulos privados que possuem o IPCA como indexador.

Tesouro IPCA+ ou NTN-B Principal (Notas do Tesouro Nacional série B -Principal): a única diferença esse título para o anterior é que não há pagamentos semestrais. O rendimento é recebido somente ao final da aplicação.

Ufa… Achei que essas siglas não fossem acabar.

Por mais que haja alteração ou criação de novos títulos e novas siglas, o mais importante é entender para onde seu dinheiro está indo, como se dará o seu rendimento (seja atrelado a algum indexador, seja prefixado), sua data de vencimento e suas garantias, como o FGC (continue a leitura, que mais pra frente você saberá o que é o FGC).

Se você gosta da ideia de emprestar dinheiro para o governo, afinal ele é a entidade mais financeiramente segura de um país, essa sugestão de leitura é essencial para você.

“Eu deixo meu dinheiro na poupança porque eu consigo poupar apenas 100 reais por mês.”

Isso foi o que um amigo me disse uma vez e é o pensamento de muitas pessoas que ainda deixam seu dinheiro na poupança. Elas acreditam que para começar a investir em renda fixa precisam ter muito capital.

Acontece que, atualmente, os bancos estão aceitando aportes mínimos cada vez menores e é possível investir com R$100, R$50, R$30 e até R$1 (isso mesmo, 1 real).

Se olharmos novamente a imagem que coloquei um pouco acima vamos ver que, sim, existem títulos que necessitam de investimentos maiores, como R$200 mil.

Mas, também existem títulos que não possuem requisito mínimo, como os primeiros da tabela.

E detalhe: todos eles possuem rendimento muito superior à poupança.

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Dependendo da onde você for investir, as opções de investimento podem variar bastante e isso afeta os valores de aporte mínimo.

Normalmente, quanto maior for o prazo do investimento e maior for o valor mínimo, maior será a rentabilidade.

É preciso estar atento, pois até mesmo Renda Fixa possui riscos!

Quem nunca emprestou dinheiro para um colega comprar um lanche no colégio e não teve o dinheiro de volta? Esse é um exemplo bobo, mas serve para mostrar quais são os riscos de investir em renda fixa.

Da mesma maneira de quando você empresta dinheiro para uma pessoa e existe a possibilidade dela não te devolver, nos investimentos em renda fixa existe a possibilidade da instituição não te pagar, como deveria.

Isso já aconteceu algumas vezes no nosso país, como o caso do banco Cruzeiro do Sul e do banco PanAmericano, mas calma! Desde 1995, existe uma instituição chamada Fundo Garantidor de Crédito (FGC).

O Fundo Garantidor de Crédito

O Fundo Garantidor de Crédito é uma instituição privada e sem fins lucrativos, criada para dar segurança aos investimentos no país, depois de um período de alta instabilidade econômica vivenciado até meados da década de 90.

Através do FGC é possível recuperar seus investimentos, caso a instituição a qual você emprestou dinheiro não pague o que te deve. Por meio dele, podem ser recuperados até R$250 mil por instituição e por CPF.

Ou seja, caso você tenha investimentos de R$ 240 mil em um banco e R$100 mil em outro, e ambos quebrem, seus investimentos estão protegidos.

Mesmo assim, é preciso ficar de olhos bem abertos na hora de investir, pois existem títulos que não são garantidos pelo FGC.

Na nossa tabela, você pode ver que apresentamos somente títulos que possuíam garantia do FGC e nunca investiríamos em um que não fosse.

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Portanto, nunca recomendaríamos a alguém investir em uma renda fixa que não tenha garantia do FGC. Quando for investir, tenha certeza de que seu investimento está protegido pelo FGC.

Considero esse como sendo, sem dúvida, o maior risco que um investidor de renda fixa poderia correr, apesar de ser o mais improvável. Além desse, existem outros riscos menores que afetam a rentabilidade da sua carteira de renda fixa e que merecem destaque.

Um deles está implícito na tabela e pode te causar grandes dores de cabeça. É o que chamamos de liquidez do ativo.

Liquidez e carência

Você deve ter olhado a tabela e não achou nenhuma coluna escrita "liquidez" ou algo do tipo. Acontece que liquidez, nada mais é do que a facilidade de converter seu investimento em dinheiro novamente.

Se observarmos, na tabela temos a coluna prazo, que indica quanto tempo depois de ter feito o investimento você receberá seu dinheiro de volta.

Isso significa que, caso optemos pela LC Facta, poderemos retirar nosso dinheiro quando quisermos, pois o investimento possui liquidez diária.

Por outro lado, caso optemos por um CDB do Banco Pan, só teremos o retorno do dinheiro 360 dias após investirmos. Percebeu como isso pode te gerar complicações?

Se você investir seu dinheiro em títulos com prazos maiores, é preciso ter em mente que você só irá recebê-lo ao final do prazo estipulado.

Então, separe exatamente a quantidade que você pode destinar para seus investimentos, sempre de olho no prazo de cada um deles e atento às suas obrigações, como pagamento do cartão de crédito, conta de celular, etc.

Inclusive, é aconselhável que se invista em títulos de renda fixa com prazos mais longos, pois normalmente, te proporcionarão uma maior rentabilidade.

Nada que um bom planejamento dos seus investimentos não resolva.

Apesar de ter acabado de dizer, que você só receberá seu retorno ao final do prazo do investimento, é possível vender seu título no mercado secundário caso haja necessidade.

Assim como expliquei anteriormente, na parte sobre o Tesouro Direto, é possível se desfazer do investimento antes de sua data de vencimento.

Naquele caso, o governo vendia seu título no mercado e te pagava o valor dele àquela data.

Alguns investimentos de renda fixa permitem negociação no mercado secundário.

Basicamente, o que isso significa é que é possível vender seu título para terceiros, por meio da própria corretora. Isto é mercado secundário.

Nesse caso, ao invés de devolver o título para o emissor, você está repassando-o para alguém, que, a partir daquele momento, será o dono do ativo.

Com isso, você recebe uma rentabilidade proporcional ao tempo que permaneceu com o investimento ou até mesmo, inferior.

Diante disso, é preciso avaliar a real necessidade de utilizar o mercado secundário, para não diminuir a rentabilidade da sua carteira de renda fixa.

Já a carência é o período que o seu dinheiro fica "preso" no investimento, sem poder realizar qualquer tipo de movimentação.

Ou seja, se a carência de um investimento for de 3 meses, após a aplicação seu dinheiro deverá permanecer nele por, pelo menos, 3 meses.

Risco de alterações na política econômica

Prefixado ou pós-fixado, ambos os títulos de renda fixa estão sujeitos ao risco de alterações na economia.

Por que isso acontece? Simplesmente, porque os indexadores e a inflação sofrem variações ao longo do tempo, podendo prejudicar o seu ganho real.

Imagine que tenhamos um investimento prefixado que pague 10% ao ano e que dure 2 anos. No primeiro ano, a inflação foi 8,5%, mas no ano seguinte superou os 10%, chegando a 12%.

Apesar de ter tido um ganho aparente ao final do investimento, seu ganho real foi negativo, pois a inflação no segundo ano superou a rentabilidade do investimento.

Para se proteger da inflação, investe-se em títulos que utilizem o IPCA ou IGPM como indexador (como já mencionamos antes). Por exemplo, uma LCI que pague IPCA+5%.

Independente do valor da inflação (IPCA), seu ganho real está protegido, já que você receberá sempre 5% a mais do que a mesma.

O mesmo pode acontecer com títulos pós-fixados atrelados ao CDI. No cenário atual, é muito difícil a inflação superar bons investimentos em renda fixa.

Entretanto, caso você possua investimentos nos grandes bancos de varejo (como aquele investimento que seu gerente te ofereceu), que oferecem uma gama muito limitada de produtos, não fique surpreso caso isso aconteça.

Além disso, caso o indexador sofra uma queda, você pode não estar efetivamente perdendo dinheiro, mas pode estar deixando de ganhar mais, se tivesse investido em um ativo que apresente um indexador em tendência de alta.

Para garantir que você esteja fazendo um bom investimento e extraia o máximo de rentabilidade dos seus ativos, é preciso que você saiba comparar os títulos de renda fixa.

Aprenda a comparar seus investimentos em Renda Fixa

A maioria dos investimentos de renda fixa são isentos de taxas de administração e custódia (se está pagando alguma dessas taxas é a hora de rever aonde está investindo), exceto os títulos do Tesouro Direto.

No Tesouro Direto existe a cobrança de taxas de custódia, uma cobrada pela BM&FBOVESPA e outra, que pode ou não ser cobrada pela instituição financeira (por onde você está investindo).

A primeira custa 0,3% a.a. sobre o valor investido e a segunda varia de acordo com cada instituição.

Para saber se a instituição cobra esta taxa ou não, basta acessar o site do Tesouro Nacional, neste link.

Agora, se algum banco ou corretora quiser te cobrar taxas para operar ou manter investimentos em renda fixa, fuja! Atualmente, diversas corretores oferecem o benefício de taxa zero para qualquer investimento em renda fixa.

Apesar disso, há um "custo" que muitas vezes não é possível evitar na renda fixa, o Imposto de Renda.

Pois é, não bastasse ter que pagar imposto de renda ao receber seu salário e os milhares de outros impostos existentes no Brasil, também há incidência de IR nos investimentos em renda fixa.

Eles seguem a tabela de alíquota regressiva do imposto de renda, apresentada a seguir, e incidem apenas sobre o lucro no investimento:

– 22,5% para investimentos até 6 meses

– 20,0% para investimentos entre 6 meses e 1 ano

– 17,5% para investimentos entre 1 e 2 anos

– 15,0% para investimentos superiores a 2 anos

Por isso, muito importante na hora de comparar e decidir qual título de renda fixa comprar, é observar se aquele investimento é isento ou não de IR.

Normalmente, LCIs, LCAs e debêntures são investimentos isentos de imposto de renda.

Isso significa que, para poder comparar uma LCI com um CDB e saber qual é mais vantajoso, é necessário descontar o IR que incidirá sobre o CDB e só então, com o que chamamos de rentabilidade líquida, compará-los.

Se você leu até aqui, certamente está interessado em aumentar seus ganhos em investimentos e sair da poupança.

Deve ter percebido também que não somos nem um pouco fãs desses bancos que cobram taxas e mais taxas. Provavelmente, está se perguntando qual é o melhor investimento em renda fixa? Onde devo investir?

"Agora que já aprendi sobre renda fixa, aonde devo investir?"

Sem dúvida nenhuma, fique longe dos bancos que cobram taxas quando se tratar de investimentos e procure uma corretora, que normalmente possuem isenção de taxas.

Elas vão te oferecer uma variedade muito maior de opções para seus investimentos e, consequentemente, rentabilidades muito melhores.

De fato, busque uma que não te cobre taxas, nem nada do tipo. Se você conseguir reservar apenas uma pequena parcela para investir, procure uma corretora que ofereça produtos com um valor mínimo baixo.

Lembre-se, normalmente, quanto maior for o prazo do investimento e maior for o valor mínimo, maior será a rentabilidade.

Avaliar qual é o melhor investimento em renda fixa é uma questão muito pessoal. Vai depender, principalmente, da quantidade disponível para investir e do prazo esperado para o retorno.

Com essas duas coisas definidas, é possível utilizar algumas ferramentas, como calculadoras de renda fixa, para avaliar as opções disponíveis. Recomendamos o App Renda Fixa.

Conclusão

Com toda essa informação, acreditamos ter esclarecido muitas de suas dúvidas e temos a certeza que você já está preparado para pegar esse conhecimento e aplicá-lo hoje mesmo para sair da poupança, obtendo ganhos reais nos seus investimentos.

Finalmente, esperamos que você obtenha rendimentos muito melhores e nunca mais volte para a poupança.

Caso ainda tenha alguma dúvida, deixe seu comentário aqui embaixo e nós te responderemos.

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