Você sabe como os fundos imobiliários lidam com adversidades como alta vacância e volatilidade?
Conheça o caso do RCRB11, um dos FIIs mais antigos do Brasil, que explica como é possível dar uma volta por cima após um mau momento.
Você lembra o que estava fazendo em 1999?
Ao longo desses 25 anos é natural que algumas memórias e lembranças tenham ficado para trás.
Mas talvez você se lembre que entre 1999 e 2000 o mundo teve em seu repertório grandes acontecimentos.
Estouro da Bolha das PontoCom, o Bug do Milênio e até mesmo o assustador e dramático Fim do Mundo, cancelado na última hora.
Na Europa, o euro era adotado como a moeda oficial da União Europeia, enquanto aqui no Brasil, Fernando Henrique Cardoso iniciava o FHC II.
O ano de 1999 também foi importante para os fundos imobiliários.
Ele marcou o lançamento do primeiro FII destinado a pessoas físicas, o FII Shopping Pátio Higienópolis.
O SHPH11 é um fundo monoativo e mono inquilino criado para administrar o shopping que carrega no nome.
Esse fundo está ativo até hoje e com a mesma estratégia (para o terror dos influencers de FIIs).
Mas a verdade é que o lançamento desse fundo abriu as portas para o desenvolvimento dos fundos imobiliários, criados lá em 1993.
Ainda em 1999, foi fundado o FFCI11, outro dos precursores do mercado de fundos que vemos hoje.
Ele também é monoativo e mono inquilino, que tinha como objetivo administrar 6 andares e algumas vagas de garagem do edifício JK Financial Center.
Este foi o fundo que deu origem ao RCRB11 em 2008, quando a Rio Bravo assumiu a gestão.
Fundada em 2000, a Rio Bravo é uma das mais antigas gestoras independentes do Brasil.
Ela atua em quatro estratégias: fundos imobiliários, renda fixa, renda variável e multimercados.
Falando do RCRB, o fundo tem como tese investir em lajes corporativas de qualidade nos principais centros do Brasil.
Hoje o fundo possui nove ativos espalhados em São Paulo e no Rio de Janeiro.
O fundo conta com mais de 30 mil cotistas e R$ 771,8 milhões de Patrimônio Líquido.
Além disso, apresenta boa diversidade de inquilinos que atuam em variados setores de atuação.
Isso é algo extremamente importante pra quem investe em FIIs.
Sendo um dos fundos mais antigos do mercado, é natural que o RCRB tenha passado por altos e baixos durante sua jornada, reflexos de um mercado incerto e volátil como o nosso.
O mais recente deles foi a alta vacância, que assustou os investidores ao atingir 34,4% no fim de 2021.
Desde então, a gestão tem feito jus a gestão ativa no fundo.
Atualmente a taxa de vacância é de apenas 3,4%, o que mostra uma incrível recuperação.
A redução da vacância passou por uma estratégia chamada Plug and Play, um modelo de contrato onde o inquilino entra no imóvel com toda a estrutura pronta.
Ou seja, todas aquelas burocracias e obras ficam a cargo do dono do imóvel.
No entanto, não existe almoço grátis...
Para deixar tudo pronto para o inquilino só "plugar e dar o play", o dono do imóvel cobra um aluguel mais caro.
Esse modelo é muito útil para empresas que não possuem tanto Capex inicial, mas conseguem pagar um aluguel um pouco mais caro.
E o principal ativo usado pra essa estratégia é o Bravo! Paulista, um edifício de 14 andares em São Paulo recém reformado pelo RCRB.
Acontece que o sucesso da estratégia foi tão grande que até o andar modelo do Bravo foi alugado.
E o resultado dessa redução de vacância foi o aumento dos dividendos.
Nos últimos 24 meses, os proventos saíram de R$ 0,57/cota para R$0,93/cota em janeiro deste ano.
Com o crescimento dos dividendos, o RCRB11 conseguiu também uma forte valorização de suas cotas.
Em 2023, foi um dos fundos que mais se valorizou no IFIX.
Com o claro sucesso na estratégia do RCRB, será que ainda é uma boa oportunidade de investimento ou será que o "bonde já passou"?
E caso seja uma boa oportunidade, quais os riscos de se investir no fundo?
Essa e outras respostas você encontra no relatório de valuation do RCRB disponível lá no VBOX FIIs, nossa plataforma de análises de Fundos Imobiliários.
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