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Vale a pena investir nos ETFs da Nubank?

10min de leitura

Misael Guedes

Misael Guedes

Redação

Se você já ouviu falar sobre o Nubank, provavelmente o associa a um banco jovem e revolucionário, que mudou a forma como lidamos com bancos no Brasil. Mas, você sabia que o Nubank também está inovando no mundo dos investimentos? Sim, estamos falando dos ETFs da Nubank. Mas antes de abordarmos esse assunto, vamos entender um pouco sobre o que são ETFs.

Neste artigo você verá:

  • O que é um ETF?
  • Como funciona um ETF?
  • O que é o ETF da Nubank?
  • Qual o diferencial do ETF da Nubank para os demais?
  • Como investir nos ETFs da Nubank?
  • Como receber os dividendos?
  • Como funciona um índice da B3 e a composição do Ibovespa Smart Dividendos B3?
  • Imposto de Renda para ETFs

Introdução

O Nubank, desde sua criação em 2013, sempre teve como objetivo simplificar o sistema financeiro e devolver o controle financeiro para as mãos das pessoas. Com a inovação em seu DNA, o Nubank não parou apenas nos cartões de crédito ou contas digitais. Eles deram um passo adiante ao lançar os ETFs Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11) e Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11). Esses ETFs acompanham o índice Bovespa Smart Dividendos B3, uma parceria entre o Nubank e a B3, a Bolsa do Brasil.

Agora, você pode estar se perguntando: "O que é um ETF?". Não se preocupe, vamos desvendar esse mistério juntos!

O que é um ETF?

ETF é a sigla em inglês para "Exchange Traded Fund", que em uma tradução livre significa "fundo negociado em Bolsa". Imagine uma cesta cheia de frutas. Cada fruta dessa cesta representa uma ação de uma empresa diferente.

Ao invés de comprar cada fruta separadamente, você decide comprar a cesta inteira, pois ela já vem com uma variedade de frutas selecionadas. No mundo dos investimentos, essa cesta é o ETF, e as frutas são as ações de diferentes empresas.

Na prática, os ETFs são como essas cestas que copiam a composição de um índice, como o Ibovespa. Portanto, ao investir em um ETF, você está, indiretamente, investindo em várias ações ao mesmo tempo, de acordo com a composição desse índice.

Os ETFs não são novidade no mundo dos investimentos. Criados na década de 1980 nos Estados Unidos, eles são bastante populares em outros países. No Brasil, o primeiro ETF foi lançado em 2004. Atualmente, temos ETFs que acompanham diversos índices, como o Índice de Governança Corporativa (IGC), Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), Índice de Dividendos (IDIV), e até mesmo o S&P 500, um dos principais índices do mercado americano de ações.

Como funciona um ETF?

Agora que você já sabe o que é um ETF, vamos entender como ele funciona na prática. Imagine que você quer diversificar seus investimentos e comprar ações de várias empresas. No entanto, fazer isso individualmente pode ser trabalhoso e caro. É aí que os ETFs entram em cena!

  1. Réplica de Índices: Os ETFs replicam a composição de um índice específico. Por exemplo, se um ETF segue o Ibovespa, ele terá em sua composição as mesmas ações e nas mesmas proporções que o índice.
  2. Compra e Venda: Assim como as ações, os ETFs são negociados na Bolsa de Valores. Isso significa que você pode comprar e vender cotas de um ETF durante o horário de funcionamento da Bolsa, exatamente como faria com ações.
  3. Diversificação: Ao investir em um ETF, você está automaticamente diversificando seus investimentos. Isso porque, como mencionado anteriormente, um ETF é como uma cesta que contém várias ações. Portanto, ao comprar uma cota de um ETF, você está investindo em várias empresas ao mesmo tempo.
  4. Custos: Geralmente, os ETFs possuem taxas de administração mais baixas em comparação com outros fundos de investimento. Isso os torna uma opção atrativa para quem busca diversificação com custos mais baixos.
  5. Transparência: Uma das grandes vantagens dos ETFs é a transparência. A composição do ETF é divulgada diariamente, permitindo que os investidores saibam exatamente onde seu dinheiro está sendo investido.
  6. Liquidez: Os ETFs, por serem negociados na Bolsa, tendem a ter boa liquidez. Isso significa que você pode facilmente comprar ou vender suas cotas quando desejar.

Em resumo, os ETFs oferecem uma maneira simples e eficiente de diversificar seus investimentos, com a flexibilidade de comprar e vender cotas como se fossem ações e com custos geralmente mais baixos.

O que é o ETF da Nubank?

O Nubank, conhecido por sua missão de simplificar o sistema financeiro e devolver o controle financeiro às pessoas, deu mais um passo inovador ao criar o primeiro ETF com pagamento de dividendos do Brasil: o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11). Este ETF foi lançado em 29 de setembro de 2023, juntamente com outro ETF, o Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11). A principal distinção entre os dois é que, enquanto o NDIV11 distribui dividendos aos cotistas, o NSDV11 reinveste esses dividendos no próprio fundo.

Ambos os ETFs têm como referência o índice Bovespa Smart Dividendos B3, uma criação conjunta do Nubank e da B3. Este índice é um "smart beta" que seleciona empresas pagadoras de dividendos que fazem parte do Ibovespa. Em termos simples, o índice foca em empresas que têm um histórico de pagar dividendos de forma consistente aos seus acionistas.

A parceria entre Nubank e B3 resultou na criação do Índice Bovespa Smart Dividendos B3, que tem como objetivo selecionar empresas que pagam dividendos de forma recorrente e fazem parte do Ibovespa. Este índice é uma inovação no mercado financeiro brasileiro e reflete a combinação do DNA inovador do Nubank com a eficiência buscada pelos investidores.

Para os interessados em investir, é possível adquirir cotas dos ETFs do Nubank a partir de R$ 100. Eles possuem uma taxa de administração de 0,5% ao ano e não cobram taxa de performance. Em relação à tributação, o Imposto de Renda é cobrado no momento da venda, com uma alíquota de 15% sobre o ganho líquido. No caso dos dividendos distribuídos, a tributação é descontada na fonte, também a uma alíquota de 15%.

Qual o diferencial deles para os demais no mercado?

O ETF da Nubank, o Nu Renda Ibov Smart Dividendos (NDIV11), traz consigo uma série de características que o diferenciam no mercado brasileiro:

  1. Pagamento Mensal de Dividendos: O NDIV11 é pioneiro no mercado brasileiro ao oferecer um ETF com pagamento mensal de dividendos aos seus cotistas. Isso significa que os investidores podem esperar um fluxo de renda mais constante ao longo do ano.
  2. Seleção Rigorosa: O ETF segue o Ibovespa Smart Dividendos B3, que é o primeiro subíndice do Ibovespa lançado em 55 anos. O índice tem critérios claros: as empresas devem fazer parte do Ibovespa e estar entre as 25% maiores pagadoras de dividendos da bolsa. Isso garante uma seleção de empresas sólidas e com bom histórico de remuneração aos acionistas.
  3. Acessibilidade: Com um valor mínimo inicial de apenas R$ 100, o ETF da Nubank torna-se acessível para uma ampla gama de investidores, desde os mais novatos até os mais experientes.
  4. Taxas Competitivas: Ambos os ETFs, NDIV11 e NSDV11, possuem uma taxa de administração de apenas 0,5% ao ano, sem cobrança de taxa de performance. Isso os torna uma opção atrativa em termos de custos.
  5. Visão de Futuro: O Nubank vê um grande potencial de crescimento para os ETFs no Brasil e deseja ser um protagonista nesse mercado. A empresa acredita que os ETFs são uma excelente ferramenta para ajudar os investidores a escolher um portfólio de ações de forma simples e eficiente.
  6. Parceria com a B3: A colaboração entre Nubank e B3, a bolsa brasileira, é um testemunho da inovação e da busca por oferecer produtos de investimento de alta qualidade no mercado brasileiro.

Em resumo, o diferencial do ETF da Nubank está em sua inovação, acessibilidade, taxas competitivas e na parceria estratégica com a B3, visando sempre oferecer o melhor para os investidores.

Como investir nos ETFs NDIV11 e NSDV11?

Investir nos ETFs do Nubank é um processo simples e seguro. Aqui está um guia passo a passo sobre como fazer isso:

Investindo pelo app do Nubank:

  1. Abra o app do Nubank: Vá até a seção de investimentos, que está na aba de Planejamento do seu app, identificada pelo símbolo do cifrão ($).
  2. Explore a Bolsa de Valores: Role até o item “Bolsa de Valores” e clique em “Explorar”.
  3. Selecione Fundos de Índice (ETFs): Toque em “Fundos de Índice (ETFs)”.
  4. Escolha o ETF: Escolha o ETF que deseja investir e toque sobre ele.
  5. Leia as informações: A tela seguinte apresenta as informações do ativo, como preço unitário, variação do preço, setor, entre outras. Leia os detalhes e toque em “Comprar”.
  6. Digite o valor: Digite o valor que pretende aplicar e finalize o fluxo colocando sua senha de quatro dígitos.
  7. Aguarde a confirmação: O app irá procurar o melhor valor de compra no mercado para o momento e comprar a quantidade de ativos disponíveis dentro do valor que você aplicou. Se sobrar algum valor após a negociação, a diferença será devolvida diretamente para sua conta do Nubank.

Investindo pela NuInvest:

  1. Acesse a NuInvest: Entre na sua conta NuInvest pelo aplicativo ou site.
  2. Selecione “Investir”: Role a tela e toque em “ETFs”.
  3. Pesquise pelos ativos: Você pode pesquisar pelos nomes dos ativos (NDIV11 e NSDV11) no campo de busca.
  4. Leia as informações: Clique no card com o nome do ativo para acessar as informações e leia com atenção.
  5. Clique em “Comprar”: Digite o valor que será transferido da sua conta NuInvest para o ETF e clique em “Continuar”.
  6. Digite sua assinatura eletrônica: E pronto!

Liquidez:

Após o pedido de resgate, o dinheiro volta para a sua conta em até dois dias úteis. Os ETFs do Nubank são investimentos pensados para alcançar rendimentos de longo prazo. Por isso, apesar do resgate poder ser solicitado a qualquer momento, a dica é deixá-lo investido pelo maior tempo possível.

Pagamento de Dividendos:

  • Frequência: O NDIV11 é o primeiro ETF no Brasil que oferece pagamento mensal de dividendos. Isso significa que, ao investir nesse ETF, os cotistas podem esperar receber dividendos todo mês.
  • Tributação: No caso dos dividendos que são distribuídos, a tributação é descontada diretamente na fonte e é de 15% sobre o valor pago aos cotistas. Portanto, os investidores recebem os dividendos já descontados do imposto pago.
  • Valor: O valor dos dividendos depende dos rendimentos gerados pelas ações que compõem o índice Ibovespa Smart Dividendos B3, que é o índice de referência do ETF. Como os dividendos são pagos com base nos rendimentos recebidos das empresas que fazem parte desse índice, o valor exato pode variar de mês para mês.

É importante mencionar que, enquanto o NDIV11 distribui dividendos, o outro ETF lançado pelo Nubank, o Nu Ibov Smart Dividendos (NSDV11), reinveste os dividendos no próprio fundo, o que pode gerar um maior potencial de retorno no longo prazo.

Para informações mais específicas sobre o valor exato dos dividendos a serem pagos em um determinado mês, é recomendável consultar os comunicados oficiais do Nubank ou da gestora do ETF.

Como funciona um índice da B3 e a composição do Ibovespa Smart Dividendos B3

Os índices da B3, como o Ibovespa, são indicadores que refletem o desempenho médio das cotações das ações negociadas na bolsa de valores. Eles são como termômetros do mercado, mostrando se, em média, as ações estão em alta ou em baixa.

Ibovespa Smart Dividendos B3

O Ibovespa Smart Dividendos B3 é um índice novo, sendo o primeiro indicador derivado do Ibovespa em 55 anos. Ele foi criado para refletir o desempenho das ações de empresas que têm um histórico de pagar bons dividendos e que fazem parte do Ibovespa. Vamos entender sua composição:

  1. Critérios de Seleção: As empresas que compõem este índice são aquelas que estão no Ibovespa e que estão entre as 25% maiores pagadoras de dividendos em relação ao preço da ação. Isso garante que o índice seja composto por empresas sólidas e com bom retorno aos acionistas.
  2. Empresas Participantes: A carteira do índice é composta por 21 empresas do Ibovespa. Algumas das empresas de maior peso no índice incluem Taesa (TAEE11), Telefônica (VIVT3) e BB Seguridade (BBSE3).
  3. Rebalanceamento: A composição do índice é revisada e ajustada a cada quatro meses. Isso garante que o índice esteja sempre atualizado com as empresas que melhor atendem aos critérios de seleção.
  4. Desempenho Histórico: Se o Ibovespa Smart Dividendos B3 existisse desde 2013, ele teria acumulado uma alta de 142% até o fim de agosto de 2023. Em comparação, o Ibovespa tradicional avançou 87% no mesmo período.
  5. Acessibilidade: A composição completa do índice, bem como os pesos de cada empresa, pode ser acessada diretamente no site da B3.

Em resumo, o Ibovespa Smart Dividendos B3 é uma inovação no mercado financeiro brasileiro, refletindo a combinação de empresas sólidas do Ibovespa que têm um histórico de pagar bons dividendos aos seus acionistas. A seguir mostramos a composição do Índice:

Índice Smart Dividendos

NomeValor Total (R$)Participação (%)
VIVT3617.413,846,23%
BBSE3594.467,286,00%
TAEE11581.187,005,86%
EGIE3542.416,605,47%
BBAS3535.523,105,40%
CMIG4535.002,505,40%
SANB11532.448,645,37%
ITSA4518.353,805,23%
BRAP4512.402,445,17%
CPLE6483.659,724,88%
CPFE3465.353,284,69%
CSNA3457.312,924,61%
VALE3452.584,444,57%
VBBR3440.860,004,45%
PETR4438.510,244,42%
GGBR4419.621,884,23%
GOAU4397.755,804,01%
CIEL3392.921,103,96%
CYRE3388.869,883,92%
CMIN3330.969,843,34%
MRFG3277.478,282,80%

Imposto de Renda para ETFs:

  1. Alíquota: A alíquota que incide sobre os ETFs é de 15% sobre o ganho líquido, independentemente do prazo da aplicação. Diferentemente das ações, não existe isenção para vendas no valor de até R$ 20 mil por mês.
  2. Responsabilidade do Investidor: A pessoa que investe em ETFs é responsável por calcular e recolher o Imposto de Renda. O investidor deve emitir e pagar o Documento de Arrecadação de Receitas Federais (DARF) até o último dia do mês seguinte ao da operação em que teve lucro.
  3. IR Retido na Fonte: Há uma retenção de IR na fonte de 0,005% sobre o valor de venda dos ETFs de renda variável. Por exemplo, se você vender R$ 30 mil, R$ 1,50 (0,005% de R$ 30 mil) ficarão retidos, mesmo que você não tenha lucro na operação. Esse valor retido pode ser utilizado pelo investidor para deduzir do imposto devido sobre ganhos líquidos apurados no mês e para compensar com IR devidos sobre ganhos líquidos apurados em meses subsequentes.
  4. Operações de Day Trade: Para operações de day trade (compra e venda no mesmo dia), a tributação é de 20% sobre o valor ganho líquido. Há uma retenção na fonte de 1% sobre o valor de venda. Esse imposto retido também pode ser deduzido dos ganhos líquidos do mês.
  5. Dividendos: No caso dos dividendos que são distribuídos pelo ETF NDIV11, a tributação é descontada diretamente na fonte e é de 15% sobre o valor pago aos cotistas. Assim, os investidores recebem os dividendos já com o imposto pago.
  6. Declaração Anual: Os ETFs também devem ser declarados na declaração anual de Imposto de Renda, na seção de "Bens e Direitos" e, caso haja ganho de capital, na seção de "Renda Variável".

É importante lembrar que, ao investir em ETFs, é essencial manter um controle detalhado de todas as operações realizadas, pois isso facilitará o cálculo do imposto devido e a declaração anual. Além disso, é sempre recomendável consultar um contador ou especialista em tributação para garantir que todas as obrigações fiscais estejam sendo cumpridas corretamente.

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