Fundos Imobiliários

Os erros mais comuns ao investir em fundos imobiliários

6min de leitura

Saulo Pereira

Saulo Pereira

Redator

Investir em fundos imobiliários pode ser uma ótima forma de diversificar sua carteira de investimentos e ter renda passiva com aluguéis.

No entanto, é preciso estar atento aos erros que podem comprometer seus resultados e até mesmo gerar prejuízos. Neste artigo, vamos listar os erros mais comuns ao investir em fundos imobiliários e mostrar como evitá-los. Confira!

  • Comprar olhando o dividend yield do último mês
  • Comprar no fim do mês e vender no início
  • Comprar olhando o P/VP

Comprar olhando o dividend yield do último mês

Comprar um fundo imobiliário olhando apenas para o Dividend Yield (DY) do último mês pode ser um erro muito comum entre investidores iniciantes e até mesmo entre os mais experientes.

Isso porque, o DY é um indicador importante para a análise de fundos imobiliários, mas não é o único fator que deve ser considerado. Além disso, rentabilidade passada não garante rentabilidade futura.

O Dividend Yield representa a relação entre o valor pago em dividendos pelo fundo e o valor da cota do mesmo. Ou seja, quanto maior for o DY, maior será a distribuição de dividendos em relação ao valor investido.

No entanto, um DY alto pode ser um indicativo de que o fundo está distribuindo mais do que deveria ou de que os preços das cotas estão caindo. Portanto, é importante olhar para outras métricas para entender se o DY é sustentável ou não.

Outro fator importante é a qualidade dos imóveis na carteira do fundo. Se o fundo possuir imóveis com baixa qualidade ou com contratos de aluguel ruins, pode ser que ele tenha dificuldade em manter o nível de distribuição de dividendos ao longo do tempo.

Por isso, é importante analisar a qualidade dos imóveis, a localização e a qualidade dos inquilinos.

Outra métrica que pode ser utilizada é o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE). O ROE representa o quanto o fundo está gerando de lucro em relação ao seu patrimônio líquido.

Quanto maior for o ROE, maior será a eficiência do fundo em gerar lucros a partir dos seus ativos. Dessa forma, é possível avaliar se o fundo está sendo bem gerido e se possui potencial para continuar distribuindo bons dividendos no futuro.

Comprar no fim do mês e vender no início

É comprar no final do mês para receber o dividendo do mês seguinte e depois vender esse é o clássico de quem tá começando também. Eu não sei se você sabe mas o rendimento que o mundo vai pagar é descontado na data que o cotista perde o direito daquele rendimento.

Por exemplo: se a cota do fundo custar R$ 100 e o fundo anuncia que vai pagar R$ 1 por cota para todo mundo que tiver aquele fundo.

No dia seguinte da data limite aquela cota que tinha o valor de R$ 100 vai ter o seu valor diminuído de R$ 1 por cota ou seja não faz diferença nenhuma compra no dia anterior ao pagamento de proventos.

Comprar olhando o P/VP

O Preço/Valor Patrimonial (P/VP) é um dos indicadores mais utilizados na análise fundamentalista de empresas e fundos imobiliários. Ele é obtido ao dividir o preço da cota pelo valor patrimonial da mesma.

O valor patrimonial é a soma dos ativos do fundo imobiliário, menos as suas dívidas, dividido pelo número de cotas emitidas. Em outras palavras, é o valor que cada cota representa do patrimônio do fundo imobiliário.

Com base nessa definição, muitos investidores acabam cometendo o erro de comprar fundos imobiliários olhando apenas para o P/VP, acreditando que um fundo com um P/VP baixo é sempre uma boa opção de investimento. No entanto, essa estratégia pode ser perigosa e levar a decisões equivocadas.

O primeiro ponto a ser destacado é que o P/VP é apenas um indicador entre vários outros que devem ser levados em consideração na hora de avaliar um fundo imobiliário.

Além disso, o Valor Patrimonial do fundo é atualizado 2 vezes por ano e o preço da cota muda diariamente. Então, o VP que você está observando pode ser um valor bastante desatualizado.

Outro ponto que merece destaque é que um fundo imobiliário com um P/VP baixo pode indicar problemas na gestão do mesmo. Por exemplo, se o fundo tiver muitos ativos ociosos, que não geram renda, ou se a gestão estiver comprando imóveis com preços inflacionados, o valor patrimonial pode estar sendo superestimado, o que pode levar a uma falsa sensação de que o fundo é barato.

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