Investir em fundos imobiliários pode ser uma ótima forma de diversificar sua carteira de investimentos e ter renda passiva com aluguéis.
No entanto, é preciso estar atento aos erros que podem comprometer seus resultados e até mesmo gerar prejuízos. Neste artigo, vamos listar os erros mais comuns ao investir em fundos imobiliários e mostrar como evitá-los. Confira!
- Comprar olhando o dividend yield do último mês
- Comprar no fim do mês e vender no início
- Comprar olhando o P/VP
Comprar olhando o dividend yield do último mês
Comprar um fundo imobiliário olhando apenas para o Dividend Yield (DY) do último mês pode ser um erro muito comum entre investidores iniciantes e até mesmo entre os mais experientes.
Isso porque, o DY é um indicador importante para a análise de fundos imobiliários, mas não é o único fator que deve ser considerado. Além disso, rentabilidade passada não garante rentabilidade futura.
O Dividend Yield representa a relação entre o valor pago em dividendos pelo fundo e o valor da cota do mesmo. Ou seja, quanto maior for o DY, maior será a distribuição de dividendos em relação ao valor investido.
No entanto, um DY alto pode ser um indicativo de que o fundo está distribuindo mais do que deveria ou de que os preços das cotas estão caindo. Portanto, é importante olhar para outras métricas para entender se o DY é sustentável ou não.
Outro fator importante é a qualidade dos imóveis na carteira do fundo. Se o fundo possuir imóveis com baixa qualidade ou com contratos de aluguel ruins, pode ser que ele tenha dificuldade em manter o nível de distribuição de dividendos ao longo do tempo.
Por isso, é importante analisar a qualidade dos imóveis, a localização e a qualidade dos inquilinos.
Outra métrica que pode ser utilizada é o Retorno sobre o Patrimônio Líquido (ROE). O ROE representa o quanto o fundo está gerando de lucro em relação ao seu patrimônio líquido.
Quanto maior for o ROE, maior será a eficiência do fundo em gerar lucros a partir dos seus ativos. Dessa forma, é possível avaliar se o fundo está sendo bem gerido e se possui potencial para continuar distribuindo bons dividendos no futuro.
Comprar no fim do mês e vender no início
É comprar no final do mês para receber o dividendo do mês seguinte e depois vender esse é o clássico de quem tá começando também. Eu não sei se você sabe mas o rendimento que o mundo vai pagar é descontado na data que o cotista perde o direito daquele rendimento.
Por exemplo: se a cota do fundo custar R$ 100 e o fundo anuncia que vai pagar R$ 1 por cota para todo mundo que tiver aquele fundo.
No dia seguinte da data limite aquela cota que tinha o valor de R$ 100 vai ter o seu valor diminuído de R$ 1 por cota ou seja não faz diferença nenhuma compra no dia anterior ao pagamento de proventos.
Comprar olhando o P/VP
O Preço/Valor Patrimonial (P/VP) é um dos indicadores mais utilizados na análise fundamentalista de empresas e fundos imobiliários. Ele é obtido ao dividir o preço da cota pelo valor patrimonial da mesma.
O valor patrimonial é a soma dos ativos do fundo imobiliário, menos as suas dívidas, dividido pelo número de cotas emitidas. Em outras palavras, é o valor que cada cota representa do patrimônio do fundo imobiliário.
Com base nessa definição, muitos investidores acabam cometendo o erro de comprar fundos imobiliários olhando apenas para o P/VP, acreditando que um fundo com um P/VP baixo é sempre uma boa opção de investimento. No entanto, essa estratégia pode ser perigosa e levar a decisões equivocadas.
O primeiro ponto a ser destacado é que o P/VP é apenas um indicador entre vários outros que devem ser levados em consideração na hora de avaliar um fundo imobiliário.
Além disso, o Valor Patrimonial do fundo é atualizado 2 vezes por ano e o preço da cota muda diariamente. Então, o VP que você está observando pode ser um valor bastante desatualizado.
Outro ponto que merece destaque é que um fundo imobiliário com um P/VP baixo pode indicar problemas na gestão do mesmo. Por exemplo, se o fundo tiver muitos ativos ociosos, que não geram renda, ou se a gestão estiver comprando imóveis com preços inflacionados, o valor patrimonial pode estar sendo superestimado, o que pode levar a uma falsa sensação de que o fundo é barato.