Demonstrações Financeiras

Entendendo o Ativo Circulante: O Que é e Como Gerenciar

9min de leitura

Saulo Pereira

Saulo Pereira

Redator

O que é ativo circulante e por que é importante?

O ativo circulante é composto por recursos financeiros que estão disponíveis pra serem utilizados em até um ano, como dinheiro em caixa, estoque e contas a receber.

Esses recursos são essenciais para o funcionamento diário da empresa e devem ser gerenciados de forma eficiente pra garantir a saúde financeira do negócio.

Sem dúvida, o ativo circulante é um dos principais indicadores de liquidez de uma empresa.

A capacidade de converter ativos circulantes em dinheiro a curto prazo é fundamental para que uma empresa possa pagar suas contas, fazer investimentos e crescer.

Por causa disso, o gerenciamento adequado do ativo circulante é de extrema importância pra qualquer empreendimento.

Você sabe que os ativos circulantes podem variar muito de acordo com o tipo de negócio.

Por exemplo, uma empresa de varejo pode ter um grande estoque de mercadorias como ativo circulante, enquanto uma empresa de serviços pode ter um grande número de contas a receber como ativo circulante.

Como identificar o ativo circulante na sua empresa?

Para identificar o ativo circulante na sua empresa, é necessário conhecer os tipos de recursos que fazem parte desse grupo. Entre eles, podemos citar:

  • Dinheiro em caixa ou equivalentes de caixa: valores em dinheiro que a empresa possui em caixa ou em contas bancárias.
  • Estoque: mercadorias ou matérias-primas que a empresa possui para venda ou produção.
  • Contas a receber: valores que a empresa tem a receber de clientes por produtos ou serviços já prestados.
  • Investimentos de curto prazo: recursos aplicados em aplicações financeiras de curto prazo, como títulos públicos, CDBs e fundos de investimento.

É importante lembrar que cada empresa pode ter uma composição diferente de ativos circulantes, dependendo do seu setor de atuação e da sua estrutura financeira.

Por isso, é fundamental fazer uma análise cuidadosa dos recursos que fazem parte desse grupo para entender melhor a situação financeira da sua empresa.

O problema é que, muitas vezes, esses recursos podem ser confundidos com outros tipos de ativos, como os ativos fixos, que são bens duráveis, como máquinas e equipamentos.

Por isso, é fundamental ter uma boa gestão financeira e contábil para identificar corretamente os ativos circulantes da empresa.

Diferença entre ativo circulante e não circulante: exemplos e importância

Além do ativo circulante, existe também o ativo não circulante. A principal diferença entre eles é o prazo de utilização dos recursos financeiros.

Enquanto o ativo circulante é composto por recursos que podem ser utilizados em até um ano, o ativo não circulante é composto por recursos que têm um prazo de utilização superior a um ano.

Entre os exemplos de ativos não circulantes, podemos citar:

  • Imóveis: como terrenos, prédios e galpões.
  • Máquinas e equipamentos: como veículos, computadores e maquinários industriais.
  • Investimentos de longo prazo: como ações de outras empresas e imóveis para investimento.
  • Intangíveis: como patentes, marcas registradas e softwares.

A gestão adequada tanto do ativo circulante quanto do ativo não circulante é importante para garantir a saúde financeira da empresa.

É necessário ter um equilíbrio entre os dois tipos de ativos para que a empresa possa cumprir suas obrigações de curto e longo prazo.

Por exemplo, uma empresa que investe a maior parte de seus recursos em ativos não circulantes, como imóveis e equipamentos, pode ter dificuldades em cumprir suas obrigações financeiras de curto prazo, como o pagamento de fornecedores e salários.

Por outro lado, uma empresa que concentra seus recursos apenas em ativos circulantes pode estar perdendo oportunidades de investimento de longo prazo que podem trazer retorno financeiro mais expressivo.

Análise do ativo circulante em empresas da Bolsa de Valores

A análise do ativo circulante é uma das principais ferramentas utilizadas pelos investidores para avaliar a saúde financeira de uma empresa.

A partir da análise desse indicador, é possível entender a capacidade da empresa em honrar seus compromissos de curto prazo e financiar suas operações diárias.

Na Bolsa de Valores, os investidores costumam utilizar alguns indicadores chave para avaliar o ativo circulante das empresas listadas. Veja alguns exemplos:

Índice de liquidez corrente

Esse índice é calculado dividindo-se o ativo circulante pelo passivo circulante da empresa. O resultado indica a capacidade da empresa em honrar suas obrigações de curto prazo utilizando seus recursos de curto prazo.

O ideal é que o índice seja superior a 1, o que indica que a empresa tem recursos suficientes para cobrir suas dívidas de curto prazo.

Índice de liquidez seca

Esse índice é semelhante ao anterior, mas exclui do cálculo os estoques da empresa. Isso porque os estoques são considerados menos líquidos do que outros ativos de curto prazo, como as contas a receber.

O ideal é que o índice seja superior a 1, indicando que a empresa tem recursos suficientes para cobrir suas dívidas de curto prazo sem depender da venda de estoques.

Giro do ativo

Esse indicador mede a eficiência da empresa em utilizar seus ativos para gerar receita. Ele é calculado dividindo-se a receita líquida da empresa pelo ativo total. O resultado indica quantas vezes a empresa gera receita a partir de seus ativos.

Quanto maior o índice, melhor, pois indica que a empresa está conseguindo gerar mais receita com os mesmos recursos.

A análise do ativo circulante é fundamental para entender a saúde financeira de uma empresa e identificar possíveis riscos e oportunidades de investimento. Por isso, se você é um investidor da Bolsa de Valores, fique de olho nesses indicadores na hora de escolher suas ações.

Mas, olhar apenas um indicador de forma isolada pode te induzir a cometer um erro.

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