A Hiperinflação na Alemanha em 1923: Duzentos bilhões por um pãozinho
A Alemanha vive um momento complicado, de 2020 pra cá, a economia do poderoso gigante europeu vem se degradando por uma sequência de eventos até fora de seu controle, primeiro a pandemia, que afetou todo o mundo e a guerra na Ucrânia logo em seguida, que tornou o custo da energia e alimentos mais caros.
Em 2022, a inflação média na Alemanha ficou em 7,9%, o maior valor registrado desde o período após a Segunda Guerra. A vizinha França, encerrou 2022 com 5,2% de inflação média para efeitos de comparação.
Bom, isso foi em 2022, mas e 2023?
A situação tá bem pior. A inflação anual em fevereiro ficou em 8,7% na Alemanha. Abaixo das expectativas, mas ainda bem alto.
Se a gente olhar um pouco pro retrovisor da economia alemã veremos que 100 anos atrás eles passaram por um período de hiperinflação, que aqui na América do Sul é bem mais frequente e recente.
Hoje, vamos embarcar numa viagem no tempo, voltando cem anos atrás, para um dos eventos econômicos que mais chamaram atenção no século XX: a crise de hiperinflação na Alemanha em 1923, ou A hiperinflação da República de Weimar, como também é conhecida.
Como a Hiperinflação Afetou a Alemanha nos Anos 1920?
Imagine acordar uma manhã e descobrir que suas economias de vida valem menos que um pãozinho. Isso é o quão ruim estava a situação na Alemanha em 1923. Os preços dos produtos do dia a dia dispararam, e o valor da moeda alemã, o Reichsmark, despencou.
Mas a hiperinflação não causou apenas problemas econômicos. Ela rasgou o tecido social do país. As pessoas perderam a fé no governo e no sistema econômico.
A desesperança e a pobreza se espalharam, tornando cada vez mais difícil para as famílias suprirem suas necessidades básicas. Essa crise pavimentou o caminho para o surgimento de movimentos políticos extremistas.
A Hiperinflação na Alemanha em 1923: Duzentos bilhões por um pãozinho
A Alemanha vive um momento complicado, de 2020 pra cá, a economia do poderoso gigante europeu vem se degradando por uma sequência de eventos até fora de seu controle, primeiro a pandemia, que afetou todo o mundo e a guerra na Ucrânia logo em seguida, que tornou o custo da energia e alimentos mais caros.
Em 2022, a inflação média na Alemanha ficou em 7,9%, o maior valor registrado desde o período após a Segunda Guerra. A vizinha França, encerrou 2022 com 5,2% de inflação média para efeitos de comparação.
Bom, isso foi em 2022, mas e 2023?
A situação tá bem pior. A inflação anual em fevereiro ficou em 8,7% na Alemanha. Abaixo das expectativas, mas ainda bem alto.
Se a gente olhar um pouco pro retrovisor da economia alemã veremos que 100 anos atrás eles passaram por um período de hiperinflação, que aqui na América do Sul é bem mais frequente e recente.
Hoje, vamos embarcar numa viagem no tempo, voltando cem anos atrás, para um dos eventos econômicos que mais chamaram atenção no século XX: a crise de hiperinflação na Alemanha em 1923, ou A hiperinflação da República de Weimar, como também é conhecida.
Como a Hiperinflação Afetou a Alemanha nos Anos 1920?
Imagine acordar uma manhã e descobrir que suas economias de vida valem menos que um pãozinho. Isso é o quão ruim estava a situação na Alemanha em 1923.
Os preços dos produtos do dia a dia dispararam, e o valor da moeda alemã, o Reichsmark, despencou.
Mas a hiperinflação não causou apenas problemas econômicos. Ela rasgou o tecido social do país. As pessoas perderam a fé no governo e no sistema econômico.
A desesperança e a pobreza se espalharam, tornando cada vez mais difícil para as famílias suprirem suas necessidades básicas. Essa crise pavimentou o caminho para o surgimento de movimentos políticos extremistas.
Mas o que causou a Hiperinflação na Alemanha em 1923?
A hiperinflação de 1923 tem suas raízes no final da Primeira Guerra Mundial. A Alemanha estava sobrecarregada com dívidas de guerra enormes e o infame Tratado de Versalhes, que exigia que o país pagasse reparações colossais para os Aliados vitoriosos.
Para Jutta Hoffritz, economista e autora do livro Totentanz - 1923 und seine Folgen (Dança da Morte - 1923 e suas consequências), foi o próprio governo que deu início ao período tenebroso que viveu a nação europeia.
Após a Guerra, a Alemanha foi obrigada a cumprir o Tratado de Versalhes, que a obrigava a pagar reparações aos países aliados na guerra.
O governo alemão decidiu depois de um tempo suspender os pagamentos. Com isso, a França e a Bélgica ocuparam uma região rica em carvão e em indústrias, a região do Vale do Ruhr, que é a maior região metropolitana em habitantes da Alemanha atualmente e uma grande “sede industrial” do país.
O foco era garantir o carvão extraído, que naquela época era primordial para a subsistência de qualquer país. Os próprios cidadãos alemães pararam de extrair carvão e produzir aço, preferiam ficar sem do que ver os franceses levar sua produção embora.
A capital Berlim e o Reichbank passaram a imprimir mais dinheiro para continuar pagando parte dos salários dos grevistas. Bom, sabemos o que imprimir dinheiro significa né? A moeda alemã, o Reichsmark, desvalorizou ainda mais. Digo ainda mais porque o governo já tinha imprimido dinheiro pra financiar a Guerra.
Disso aí pra hiperinflação é um pulo. Em pouco tempo os preços subiram meteoricamente, sendo que um pão custava bilhões de marcos.
Para dar uma ideia de quão extrema foi a hiperinflação na Alemanha em 1923, a taxa de inflação atingiu um pico de aproximadamente 29.500% ao mês em outubro de 1923. Isso mesmo, por mês!
Com uma taxa diária equivalente de 20,9%, levava cerca de 3,7 dias para os preços dobrarem.
À medida que a situação na Alemanha se tornava cada vez mais grave, o governo de Weimar se esforçava para encontrar uma solução. Gustav Stresemann, o Chanceler e posteriormente Ministro das Relações Exteriores da Alemanha, reconheceu a urgência da situação e buscou estabilizar a moeda e restaurar a confiança econômica.
Como a Alemanha Sobreviveu à Hiperinflação?
A recuperação da hiperinflação foi um longo e desafiador caminho para a Alemanha. A introdução do Rentenmark foi um passo crucial, pois forneceu uma moeda estável que permitiu a reconstrução da economia do país.
Além disso, o governo alemão implementou uma série de medidas de austeridade e reformas econômicas para reconquistar a confiança de seus cidadãos e da comunidade internacional.
Um momento decisivo veio com a assinatura do Plano Dawes em 1924, que reestruturou os pagamentos de reparações da Alemanha e forneceu empréstimos para ajudar a impulsionar a economia.
Esse influxo de capital estrangeiro teve um impacto significativo na capacidade da Alemanha de se recuperar da crise de hiperinflação.
Conclusão
A história da hiperinflação na Alemanha em 1923 serve como um poderoso lembrete das devastadoras consequências que podem surgir de políticas econômicas descontroladas e da importância de manter uma moeda estável.
As lições aprendidas com esse período sombrio da história podem fornecer insights valiosos para os formuladores de políticas e governos de hoje, ajudando a garantir que tal crise nunca ocorra novamente.
Também nos lembra da resiliência e determinação do espírito humano, pois o povo alemão acabou superando esse desafio aparentemente impossível e reconstruiu sua nação.
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