☕ Expresso de Notícias
Curto e sem açúcar
As principais notícias da semana.
Por Saulo Pereira
Bom dia, meus amigos.
Voltamos para mais uma semana com as principais notícias dos últimos dias.
**Mais uma derrota para a União? - O STF (Supremo Tribunal Federal) formou maioria contra um recurso da União, em um caso bilionário sobre a venda de pinheiros em 1951.
A Companhia de Madeiras do Alto Paraná S.A. comprou 300 mil pinheiros de empresas incorporadas pela União em 1940, mas recebeu apenas um terço do prometido.
A União pode pagar cerca de R$ 1 bilhão de indenização. A AGU (Advocacia-Geral da União) quer anular a decisão do TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região), que ordena o pagamento.
Vale lembrar que o placar está em 6 a 5 contra a União, mas a votação virtual termina em 10 de junho, e ainda pode mudar.
**Verdão paulistano em dívida ou em ascensão? - A Enforce, empresa do BTG Pactual de recuperação de crédito inadimplente e de aquisição de portfólios estressados, comprou, no mercado secundário, a dívida da W. Torre.
No total são cerca de R$ 150 milhões em dívidas da holding da empresa de construção e imobiliária, e mais R$ 650 milhões referentes ao Allianz Parque, o estádio do Palmeiras — a W. Torre não é dona da arena, mas fechou com o Palmeiras um contrato de construção, exploração e gestão da arena até 2044.
**A pirâmede vai quebrar? - Os dois Censos possuem 31 anos de diferença. É notável que a população brasileira está envelhecendo, impactando diretamente a sustentabilidade do sistema previdenciário.
Fatores que contribuem para o envelhecimento da população:
Queda da fecundidade: o número médio de filhos por mulher no Brasil vem caindo há décadas, chegando a 1,61 em 2020.
Aumento da expectativa de vida: a expectativa de vida no Brasil vem aumentando gradativamente, alcançando 76,3 anos em 2020.
**Eleições históricas no México - Claudia Sheinbaum venceu a eleição presidencial no México, tornando-se a primeira mulher a assumir a presidência do país. Sheinbaum, ex-chefe de governo da Cidade do México e integrante do partido Morena, derrotou os seus concorrentes em uma vitória histórica.
Ela tem 61 anos e possui uma carreira destacada, tanto na política quanto na vida acadêmica, com formação em física pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM) e um PhD em engenharia de energia.
🔭 Panorama
A visão abrangente dos últimos acontecimentos de um setor
O Futuro é da Música
Por Saulo Pereira
Ouvir música é algo que todo mundo gosta. Alguns escutam durante todo o dia, outros escutam apenas em alguns momentos. De fato, ficar um dia inteiro sem escutar uma única música pode ser meio entediante.
Ela é algo tão fascinante, que conseguimos encontrar músicas específicas para cada momento da vida. Desde um dia triste até um dia de muitas felicidades.
Ao longo dos anos, com a evolução da tecnologia, o acesso à música foi mudando, desde o vinil até os streamings.
Mas sempre foi seguindo o mesmo padrão. Curiosamente, o gráfico abaixo mostra essa evolução.
Se seguirmos a lógica, será que os streamings de músicas podem estar tendo o seu auge agora, e em breve poderemos ver outro formato surgindo? (alô, IA Generativa)
Há 60 anos, escutar música era algo bastante complicado, caso a pessoa não tivesse um rádio em casa. Além disso, ela tinha que escutar as músicas que estavam no ar, tendo zero poder de escolha.
Ao longo do tempo a música foi se tornando mais acessível, mas ainda assim era um pouco caro comprar os CDs das nossas bandas favoritas, por exemplo. Com o avanço da internet a pirataria foi se tornando popular, e diversos aplicativos de download de músicas foram criados. Mas, por atuarem na ilegalidade, acabavam sendo descontinuados.
Com o surgimento de plataformas como o YouTube, Deezer e Spotify tudo ficou muito mais fácil. O Spotify foi um dos primeiros streamings de música e até hoje domina esse mercado, com 30% de participação, seguido pelo Apple Music, que tem menos de 15% de participação. A diferença é bem grande. Essas plataformas fornecem acesso fácil e sob demanda a um enorme catálogo de músicas. Atualmente os streamings são uma importante fonte de renda, derrubando modelos de vendas estabelecidos, como CDs e downloads.
Por conta disso, a indústria musical como um todo está tendo que se modificar, e os artistas e as gravadoras estão buscando outras formas de ganhar dinheiro nesse mercado, seja através de eventos ao vivo, vendas de mercadorias ou até mesmo turnês. Para entendermos a tendência desse mercado precisamos compreender como os artistas fazem grana na era digital.
Geralmente as gravadoras e os artistas são pagos por cada reprodução de música, mas as taxas são extremamente baixas, o Spotify (BVMF: S1PO34) paga, por exemplo, $0,003 dólares por reprodução no geral. Naturalmente, isso favorece grandes artistas que conseguem sempre publicar músicas novas.
Mas isso não significa que músicos independentes estejam perdidos. Uma forma que as plataformas de streaming usam para aumentar o alcance desses grupos é através da criação de playlists exclusivas, onde é possível ouvir desde os maiores músicos da atualidade até os novos músicos.
Agora, um fato curioso sobre esse mercado bilionário da música é que nos últimos 18 meses todas as principais plataformas de streaming anunciaram seu primeiro aumento de preços em planos padrão e familiar, após uma década de preços estagnados.
Spotify, YouTube, Apple e Amazon Music aumentaram os preços dos seus planos individuais em 10%, nos principais mercados, incluindo os EUA. Os planos passaram de $9,99 dólares para $10,99. Além disso, também implementaram o aumento dos preços planos estudantis e familiares, de 7% para 20%.
Estes aumentos de preços parecem ter tido pouco ou nenhum impacto sobre o crescimento do número de assinantes, mesmo em um contexto de inflação elevada. Além disso, temos visto plataformas locais em mercados emergentes, como a China, começarem a aumentar significativamente os preços à medida em que buscam melhorar a monetização, como a Tencent Music (NYSE: TME), que aumentou os preços em 30% em meados de 2023 .
Isso pode significar uma evidência clara de que os streamings de música por assinatura continuam sendo uma proposta de valor atraente para os consumidores.
Mas ainda é possível melhorar a monetização além dos aumentos de preços principais, por meio de um prêmio de segmentação de sua base de usuários. O atual modelo de streaming não diferencia quem é quem, cobrando de cada um deles a mesma mensalidade fixa, independente do nível de envolvimento com a plataforma e seus artistas, apesar da ampla disponibilidade de dados.
Isso significa que entre os próprios usuários podem existir os chamados "super fãs". Eles podem ter pelo menos um artista favorito, o que faria com que topassem gastar um pouco mais para obter acesso a produtos personalizados, como camisas ou outros itens próprios do artista.
Atualmente temos o caso da HYBE Corporatione (KRW), agência de K-pop. Vários modelos de negócio têm sido criados nos últimos anos para cultivar e monetizar esses super fãs. Um exemplo é o Weverse, que permite que os fãs se comuniquem com os artistas em um espaço aberto (comunidade de fãs), comprem conteúdo de vídeo (por exemplo, reality shows, filmagens de bastidores), bem como álbuns, mercadorias e shows online na página Weverse Shop e Weverse DM (mensagem privada do fã com o artista usuário do serviço).
Criado como uma plataforma exclusiva para artistas da HYBE (como TXT, BTS) em 2019, tem se expandido ao longo dos anos para integrar artistas externos (K-Pop e não K-Pop), incluindo artistas da YG Entertainment e Universal Music.
Em 4T23, a plataforma tinha 122 comunidades de fãs ativas e 10 milhões de usuários mensais. (dobrando em três anos). Atualmente, cerca de 5% da receita da HYBE é proveniente dessa plataforma.
Agora, uma questão que pode influenciar esse mercado futuramente são as IAs Generativas, que basicamente são inteligências artificiais capazes de criar uma música com a voz de determinado artista.
O Congresso dos EUA vem discutindo sobre os direitos da voz dos artistas, pois nos últimos meses o número de músicas feitas por IA nos streaming vem aumentando significativamente.
E o que esperar do futuro desse mercado? Os mercados emergentes tornaram-se o principal impulsionador do crescimento das assinaturas desde 2021, e é possível que esse número continue crescendo. O Goldman Sachs (BVMF: GSGI34) espera que essa contribuição aumente para quase 70% até 2030.
Além disso, as plataformas estão alterando sua forma de pagamento de Royalties. O Spotify, por exemplo, anunciou no final de 2023 uma **nova metodologia para o pagamento dos artistas.
As perspectivas de crescimento desse mercado até 2030 são bem otimistas, com previsões de que ele possa dobrar de tamanho nesse período. Enquanto isso, a gente escuta música e deixa o Som na Faixa.
🍷 Sommelier
Consumimos de tudo. Trazemos o que importa
Juros compostos: a 8ª maravilha do mundo
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⏳ Atemporalidades
Leia agora, leve pra vida.
“Um livro é a prova de que os homens são capazes de fazer magia.” - Carl Sagan
“Os erros podem ser corrigidos por aqueles que observam os fatos, mas o dogmatismo não será corrigido por aqueles que estão apegados a uma visão.” - Thomas Sowell
Por hoje é só pessoal 🤙
Bebam café, se hidratem e aproveitem o seu tempo com sabedoria!
Boa semana e bons negócios!