Economia

Seguros: O que são, pra que servem e como funcionam?

10min de leitura

Misael Guedes

Misael Guedes

Redação

O que é um Seguro?

Todos nós buscamos um pouco de segurança(ou muita) para nossos bens, sejam eles uma casa, um carro, até mesmo um celular. Já imaginou perder sua casa por um incêndio, ou seu carro por um acidente, ter seu celular roubado. Esse sentimento de querer controlar o risco foi o que motivou a criação do seguro.

O seguro nada mais é que um contrato emitido entre duas partes que garante ao segurado o ressarcimento de valores pré acordados em caso de algum infortúnio com o bem alvo do seguro.

O seguro é muito bem definido, nele se encontra tudo o que é coberto, em quais casos, os valores que serão pagos para a seguradora e os valores que serão ressarcidos pela seguradora.

Como funciona o Seguro?

Num seguro de carro, por exemplo, que prevê uma indenização no valor de tabela do veículo para roubo ou furto qualificado, o segurado faz o pagamento referente ao seguro, esse pagamento pode ser feito de forma única ou mensalmente, e torna seu bem segurado.

Caso aconteça a fatalidade de seu veículo ser roubado, a seguradora usa os recursos que tem para realizar a indenização.

Como funciona uma Seguradora?

A seguradora tem uma missão simples, usar o dinheiro arrecadado com os seguros vendidos para cobrir as indenizações.

É uma conta simples que podemos fazer intuitivamente, embora na realidade seja mais complexo por envolver muitos outros custos, mas basicamente é assim que funciona um seguro e uma seguradora.

Ela vende os seguros, assim que os contratos são assinados, eles já recebem aquele valor, resta então aguardar um sinistro para que o valor seja utilizado para indenização.

O que pode demorar ou não, em alguns casos, pode ocorrer de um segurado pagar o seguro por 15 anos e nunca necessitar utilizá-lo, em outro caso 3 meses após o contrato ser assinado pode ocorrer um sinistro.

No geral a média de tempo é mais alta, então as seguradoras conseguem manter e ter uma certa lucratividade. Essa lucratividade vem através do float, que é o dinheiro que fica aguardando um sinistro acontecer.

Esse float pode ser investido em investimentos de menor risco para render algumas coisas enquanto não são utilizados.

Aí pode ser que exista uma mina de ouro, é só vender um monte de seguros e lucrar com os rendimentos do float, certo?

Não é bem assim, para evitar que as seguradoras vendem seguros infinitos aqui no Brasil, a SUSEP, um órgão regulador, criou uma limitação para as seguradoras, que se chama limite de retenção.

O limite de retenção diz o seguinte: A quantidade de seguros que uma seguradora pode vender é limitada pelo seu patrimônio líquido. No geral esse limite é 5% do PL da empresa.

E como funciona isso: Basicamente toda vez que a seguradora vende um seguro, ela aumenta o ativo, pois o valor da venda do seguro entra no ativo dela.

Porém, o valor que vai ser usado na indenização entra no passivo, porque está provisionado para esse fim. Então podemos ver que o PL não aumenta, já que o Ativo e o Passivo estão aumentando juntos. Essa situação se chama Diferimento de Receita.

Mas pensa comigo aqui, se uma empresa tem um custo para vender um seguro, não é muito bom pra ele vender excessivamente até o limite, já que com os custos aumentando pelo custo desses seguros reduzem o patrimônio líquido.

Uma forma de “driblar” essa situação é através de resseguros, assunto de um outro artigo nosso que você pode conferir aqui.

Como surgiu o Seguro?

Estudos mostram que o seguro já se fazia presente lá atrás na Babilônia, 23 antes de Cristo, onde as caravanas que cruzavam o deserto faziam acordos mútuos para dividir os prejuízos dos animais mortos.

Na China antiga e até mesmo no famoso Império Romano haviam os seguros rudimentares que eram geridos por associações, visando ressarcir quem tivesse algum tipo de prejuízo.

Mas mais a frente com o Renascimento e a expansão marítima advinda juntamente com o mercantilismo tornou o que chamavam de cobertura de riscos muito mais evidente na sociedade. Criaram uma operação chamada Contrato de Dinheiro e Risco Marítimo, que funcionava da seguinte maneira:

Um navegador com sua expedição agendada recebia um empréstimo e caso sua expedição tivesse sucesso o valor pago pelo empréstimo era um pouco maior, mas caso ele não tivesse sucesso e perdesse tudo, sua dívida seria perdoada.

Foi então através desses seguros que a gestão do risco ganhou força até se tornar o que é hoje.

Pulando pra Itália, em 1347, na cidade de Gênova, o primeiro contrato de seguro foi escrito, o que havia nele eram cláusulas que poderiam isentar ou garantir que os seguradores tivessem que pagar as indenizações. Essas apólices se tornaram bastante comuns no fim do século 14.

Já no século 17, esse mercado ganhou novas modalidades, como a cobertura de terras, causado pelo Grande Incêndio de Londres em 1666, incêndio esse que destruiu 1 ⁄ 4 da cidade.

A revolução industrial trouxe consigo grandes avanços tecnológicos, e o seguro acabou se tornando um item muito comum e até obrigatório em muitas atividades.

Quais os tipos de Seguros?

Podemos listar aqui 10 tipos de seguros que são comercializados mais comumente aqui no Brasil.

  1. Seguro de vida
  2. Seguro de acidentes pessoais
  3. Seguro saúde
  4. Seguro de veículos
  5. Seguro residencial
  6. Seguro viagem
  7. Seguro patrimonial
  8. Seguro de equipamentos
  9. Seguro de empréstimo
  10. Seguro de cartão de crédito

Quais os elementos básicos do Seguro?

Um seguro tem 5 elementos básicos, são eles:

O risco, o interesse segurável, a garantia, o prêmio e a empresarialidade.

Artigos que podem te interessar

VAROS 2024

Todos os direitos reservados