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Return on Equity (ROE): O que é e como calcular

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Misael Guedes

Misael Guedes

Redação

O que é ROE?

O Return on Equity (ROE) é um importante indicador de rentabilidade, que pode ser traduzido como o Retorno sobre o Patrimônio Líquido.

Ele mede o Lucro Líquido gerado pela empresa em relação ao Patrimônio Líquido. Em outras palavras, o Return on Equity (ROE) é a taxa de retorno sobre o capital investido pelos acionistas.

Como calcular o ROE?

O Return on Equity (ROE) é calculado dividindo-se o Lucro Líquido pelo Patrimônio Líquido.

ROE = Lucro Líquido / Patrimônio Líquido

Se uma empresa tem um Return on Equity (ROE) de 20%, isso significa que ela gera um Lucro Líquido de R$20 por cada R$100 de Patrimônio Líquido.

Por isso, o Return on Equity (ROE) é uma medida de eficiência, já que indica se a empresa está gerando lucros em relação ao capital investido pelos acionistas.

Assim, quanto maior o Return on Equity (ROE) de uma empresa, melhor. Uma empresa com um ROE elevado pode ser considerada como uma boa oportunidade de investimento, pois isso indica que ela está sendo eficiente no uso do capital dos seus sócios.

Como analisar o ROE?

Mas como saber se uma empresa tem um Return on Equity (ROE) elevado? Pra isso, a gente tem que comparar o Return on Equity (ROE) com o Custo de Capital Próprio dela.

Caso o Return on Equity (ROE) seja maiordo que o Custo de Capital Próprio, a companhia está gerando valor aos seus acionistas. Caso o Custo de Capital Próprio seja maior que o Return on Equity (ROE), a empresa destrói o valor dos seus acionistas.

Aqui não vamos entrar no detalhe em como calcular o Custo de Capital Próprio de uma empresa, já que a gente escreveu um artigo explicando como fazer essa conta.

O que você precisa saber é que cada empresa tem um Custo de Capital Próprio diferente, mas geralmente, pra companhias listadas na B3, ele ficaabaixodos 20%.

Então, se uma empresa aberta entrega um Return on Equity (ROE) acima de 20%, provavelmente ela tá gerando valor pros seus acionistas.

Além disso, o Return on Equity (ROE) também pode ser usado como uma medida de comparação entre empresas do mesmo setor.

As empresas mais eficientes de um setor tendem a entregar Returns on Equity (ROEs) melhores que suas rivais e, com tudo mais constante, também devem ser melhores investimentos que suas concorrentes.

É importante ressaltar que o Return on Equity (ROE) pode ser afetado por fatores internos e externos à empresa.

Fatores internos incluem a estrutura de capital da empresa, a política de dividendos e a eficiência operacional. Fatores externos incluem a situação econômica do país em que a empresa se encontra (taxa de juros, câmbio, crescimento do PIB) e a concorrência e crescimento do setor em que a empresa atua.

Por exemplo, uma empresa com uma estrutura de capital mais alavancada, ou seja, com endividamento alto, poderá ter um Return on Equity (ROE) mais elevado, pois a dívida representa um custo menor do que o capital próprio .

No entanto, essa empresa também estará mais exposta aos riscos de desaceleração da economia, aumento da taxa de juros e variações do câmbio.

A conjunção de fatores que impactam o Return on Equity (ROE) pode torná-lo bem volátil ao longo do tempo.

Em períodos de alta na taxa de juros ou de problemas no setor de atuação de uma empresa podem fazer o Return on Equity (ROE) de uma empresa com endividamento alto ficar muito baixo e até negativo.

Por outro lado, um período de bonança na economia com taxas de juros controladas pode fazer o Return on Equity (ROE) dessa mesma empresa ir nas alturas.

Por isso, é importante considerar o Return on Equity (ROE) em conjunto com outros indicadores de performance da empresa como o Retorno sobre o Capital Investido (ROIC) e indicadores operacionais, de crescimento, liquidez e alavancagem.

Assim, o Return on Equity (ROE) de uma empresa deve ser analisado em um contexto mais amplo para ter uma compreensão mais completa da sua performance.

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