Perfis

Edson Ticle: Membro Independente do Conselho do Grupo Soma

3min de leitura

Saulo Pereira

Saulo Pereira

Redator

O último conselheiro do grupo é Edison Ticle, CFO da Minerva Foods.

A carreira de Edison — assim como a da maioria dos CFOs — começou no mercado financeiro, trabalhando com renda fixa no BTG Pactual.

Depois do BTG, ele foi gerente de portfólio na Constellation — sim, a famosa Asset do Florian Bartunek —, Diretor de Portfólio na Black River Asset e Head Trader no Banco Safra.

Foi só em 2009 que ele de fato partiu para a Minerva Foods, onde ficou 9 anos e fez um bom trabalho pondo pra rodar a estratégia de hedge da empresa, que possui dívida em dólar.

Só que, em 2018, ele acreditava que a sua missão na Minerva já tinha terminado e, por isso, resolveu tentar algo novo.

Pegou ali o pé de meia dele, — que a essa altura já devia ser um pézão — e virou sócio do C6 Bank (que foi criado por dissidentes do BTG, onde ele já havia trabalhado). Não ficou lá por muito tempo.

Em junho de 2018, 6 meses depois, ele voltou para o Minerva, reassumindo a posição de CFO.

Diante desse currículo, algumas pessoas se perguntam: o que estaria um CFO de frigorífico fazendo no conselho de uma empresa de moda?

A resposta, pelo menos pra gente, é muito clara: ninguém sabe mais sobre hedge do que o responsável por garantir que a variação insana do dólar em relação ao real não vai arruinar um negócio de R$18 bilhões por ano, onde a receita vem em uma moeda, as despesas em outra e a dívida numa mescla das duas.

Se a sua empresa — seja ela do que for — estivesse pensando em colocar os pés fora do Brasil, seria ótimo ter alguém ao seu lado que é mestre em transformar dólares em reais, concorda?

Bom, atualmente, além de CFO, Edison também é membro do conselho da Selmi. Ah, e pra não esquecer: ele tem dupla graduação, uma em Administração na FGV e outra em Economia na USP.

No currículo dele consta ainda um MBA em Economia de Negócios na USP e um Mestrado em Economia na FGV — sem dúvidas, admirável.

Novamente, a pergunta que não cala: quanto recebem os conselheiros do Grupo Soma? Em 2020, cada um deles colocou no bolso R$ 25 mil/mês (em linha com o que os conselheiros costumam ganhar mesmo).

Levando em conta os benefícios, bônus, incentivo de longo prazo e remuneração baseada em ações, esse valor aumenta um pouco só, indo para R$ 30 mil reais.

Artigos que podem te interessar

VAROS 2024

Todos os direitos reservados