Olá, investidor(a)! Já ouviu falar do VIX, o famoso "Índice do Medo"? Não? Então, prepare-se para uma jornada emocionante pelo mundo da volatilidade do mercado financeiro. Se você já ouviu falar, mas ainda tem dúvidas, também está no lugar certo!
O VIX é um índice que mede a volatilidade do mercado financeiro e é popularmente conhecido como o índice do medo. Ele é usado para medir o nível de estresse e incerteza do mercado financeiro, com base no preço das opções de ações.
O índice é considerado uma das principais ferramentas de análise de risco para investidores, sendo acompanhado de perto por analistas e investidores em todo o mundo.
Neste artigo, vamos desvendar o que é o VIX, como ele surgiu, entender a volatilidade, por que ele é chamado de índice do medo, quais foram os picos do VIX e quais são suas limitações. Tudo isso de forma leve e descontraída, com exemplos que até mesmo quem está começando a se aventurar no mundo dos investimentos vai entender. Vamos lá?
O que é o VIX?
VIX é uma sigla para Volatility Index, ou Índice de Volatilidade, em português. Ele é calculado pela Bolsa de Valores de Chicago e reflete o desempenho das ações das empresas que compõem o S&P 500 por 30 dias seguidos.
Agora, você deve estar se perguntando: "O que é o S&P 500?" Bem, o S&P 500 é um dos principais índices do mercado acionário dos Estados Unidos e do mundo. Ele é composto pelas ações das 500 maiores empresas do mundo listadas nos EUA, nas bolsas NYSE e Nasdaq.
O objetivo do VIX é medir as oscilações dos preços das opções de ações que formam o índice S&P 500. Nesse sentido, o período considerado para medir a alta e a baixa dessas ações é de 30 dias. Por isso, ele é uma ferramenta importante para investidores e traders que operam no curto prazo nas bolsas.
Além de servir como base para as negociações de curto prazo, o VIX também é uma importante medida de risco. Ele demonstra a intensidade e a velocidade com a qual uma ação se valoriza ou se desvaloriza. Dessa forma, quanto maior for essa oscilação (ou volatilidade), maior também será o risco que a ação oferece ao investidor.
O VIX tem uma pequena escala para entendermos quando a volatilidade está alta ou baixa, o gráfico abaixo representa de forma simples e descomplicada.
| Índice VIX | Volatilidade |
|---|---|
| VIX > 30 | Alta |
| VIX entre 20 e 30 | Média |
| VIX < 20 | Baixa |
Como surgiu o VIX?
O VIX foi criado em 1993 e foi o primeiro benchmark a quantificar as expectativas de volatilidade do mercado. Ele nasceu como uma ferramenta para medir a volatilidade implícita das opções de ações que compõem o S&P 500 para os próximos 30 dias. Isso ocorre porque o preço das opções é considerado uma boa medida de volatilidade.
Quando a volatilidade é alta, o nível do VIX é alto, e quando a volatilidade implícita é baixa, o VIX tende a seguir na mesma direção. Desde a sua criação, o VIX se tornou uma referência global para medir a volatilidade no mercado financeiro, não apenas para o mercado de ações dos EUA.
Entendendo a Volatilidade
A volatilidade é uma medida de risco que indica a intensidade e a frequência com a qual os preços oscilam no mercado financeiro. Em outras palavras, é uma medida de incerteza ou de risco de um determinado ativo ou mercado.
Para entender melhor, imagine que você está em um barco no meio do oceano. Se o mar estiver calmo, sem muitas ondas, podemos dizer que a volatilidade é baixa. Agora, se o mar estiver agitado, com ondas altas e frequentes, a volatilidade é alta.
No mercado financeiro, a volatilidade é medida pelo índice VIX. Ele é baseado nos preços das opções de ações do S&P 500, ou seja, leva em consideração as condições de negociação desses derivativos financeiros.
Então, quando o VIX está alto, significa que o mercado está mais volátil, ou seja, as oscilações de preços estão mais intensas e frequentes. Isso geralmente acontece em momentos de incerteza ou instabilidade no mercado. Por outro lado, quando o VIX está baixo, significa que o mercado está mais calmo, com menos oscilações de preços.
Porque ele é chamado de índice do medo?
O VIX ganhou o apelido de "Índice do Medo" porque ele reflete as expectativas de volatilidade do mercado para os próximos 30 dias. Em outras palavras, ele mostra o quanto os investidores estão nervosos sobre o futuro próximo.
Quando o VIX está alto, isso significa que os investidores estão preocupados e esperam grandes oscilações nos preços das ações. Isso geralmente acontece em momentos de incerteza ou instabilidade no mercado, como durante uma crise econômica ou uma pandemia.
Por outro lado, quando o VIX está baixo, isso indica que os investidores estão mais tranquilos e esperam poucas oscilações nos preços das ações. Isso geralmente acontece em momentos de estabilidade econômica.
Então, da próxima vez que você ouvir falar do "Índice do Medo", lembre-se que ele é como um termômetro do mercado financeiro, medindo o nível de nervosismo dos investidores.
Quais os picos do VIX?
O VIX, como um indicador de volatilidade, tem seus picos em momentos de grande incerteza no mercado. Um exemplo prático disso foi quando a pandemia da COVID-19 começou, em março de 2020. O índice VIX teve um aumento de cerca de 200% em apenas 30 dias. Isso aconteceu por conta da incerteza que todos tinham sobre as consequências da pandemia nas empresas de modo geral.
Esse pico no VIX refletiu a insegurança do mercado em relação ao futuro, com muitos investidores temendo o pior. No entanto, com o passar do tempo e o surgimento das vacinas, os números foram voltando ao patamar dos tempos pré-pandemia. Isso mostra que o VIX realmente é capaz de medir a insegurança de um mercado.
Podemos ver claramente os momentos de crise afetando o índice.
Qual o Índice de Volatilidade no Brasil?
No Brasil, o índice de volatilidade mais conhecido é o Índice Bovespa Volatility (VIXB), que é calculado e publicado pela Bolsa de Valores de São Paulo (B3).
Ele mede a volatilidade implícita do mercado de ações brasileiro, assim como o VIX mede a volatilidade do mercado de ações dos Estados Unidos.
O VIXB é calculado a partir das opções de compra e venda de ações dos principais índices de ações do Brasil, como o Índice Bovespa (Ibovespa) e o Índice de Small Caps (SMLL).
Além dele temos também o índice de volatilidade que é baseado no EWZ, o ETF que replica a bolsa brasileira no mercado americano. Se chama VXEWZ (Brazil ETF Volatility Index).
Quais as limitações do VIX?
Apesar de ser uma ferramenta poderosa para medir a volatilidade do mercado, o VIX também tem suas limitações. Uma das principais é que ele é baseado em expectativas de volatilidade, e não em volatilidade real.
Isso significa que o VIX pode ser influenciado por fatores psicológicos, como o medo e a ganância dos investidores, e não apenas por fatores econômicos objetivos.
Além disso, o VIX é um índice que reflete a volatilidade do mercado de ações dos EUA, especificamente as ações que compõem o S&P 500. Isso significa que ele pode não ser um bom indicador de volatilidade para outros mercados ou tipos de ativos.
Outra limitação é que o VIX é um índice de volatilidade implícita, o que significa que ele é baseado nos preços das opções de ações. As opções de ações são instrumentos financeiros complexos que podem ser difíceis de entender para investidores iniciantes.
Por fim, é importante lembrar que o VIX é apenas uma ferramenta e não deve ser usado isoladamente para tomar decisões de investimento. Ele deve ser usado em conjunto com outras ferramentas e análises para ajudar a entender o mercado e tomar decisões informadas.
E aí, gostou de aprender sobre o VIX, o famoso "Índice do Medo"? Esperamos que este artigo tenha ajudado a esclarecer suas dúvidas e a entender melhor como funciona o mercado financeiro. Lembre-se, investir é uma jornada de aprendizado constante. Então, continue estudando e se informando!
