Você pode até não conhecer ele, mas Nildemar é um dos conselheiros de maior prestígio no Brasil. Tanto é que ele já foi até um dos nomes cotados pra comandar a Petrobras (em 2014).
Ele começou sua carreira em 1972, no BNDES, como funcionário concursado. Passou por vários cargos, até chegar à Diretoria Financeira do banco, função que ocupou entre 1987 e 1990.
Depois de deixar a carreira pública, Nildemar foi pra iniciativa privada, entrando na Iochpe-Maxion em 1990 como diretor geral.
Quatro anos depois, ele foi convidado a assumir uma bela de uma bucha: entrar de CEO na Perdigão — na época uma empresa familiar praticamente quebrada.
Meses antes da sua chegada, Eggon da Silva — sim, um dos fundadores da WEG — havia assumido, temporariamente, a presidência da empresa e do Conselho de Administração pra começar a colocar a ordem na casa. Com a chegada de Nildemar, Eggon ficou apenas com o Conselho.
Nildemar reestruturou a empresa de tal forma que ela ficou reconhecida por sua governança corporativa e forte posição de caixa durante sua gestão.
Em 14 anos à frente da Perdigão, a companhia teve um crescimento médio anual de 27% no faturamento e seu valor de mercado foi multiplicado por mais de 35 vezes 😱. Em 2006, a empresa resistiu a uma tentativa de aquisição hostil pela Sadia.
Dois anos depois, com Secches já na Presidência do Conselho de Administração, a Perdigão comprou a arquirrival, formando o que hoje é a BRF. (Depois que Nildemar saiu da BRF — sendo substituído por Abilio Diniz— a empresa voltou a ter uma série de problemas, mas isso já é assunto pra outro artigo👀)
Ele também já passou pelo Conselho de Administração do Itaú Unibanco, do Latin American Advisory Board do Deutsche Bank, e da Air Liquide no Brasil, uma das maiores empresas de gases industriais do mundo.
Além da WEG, hoje Nildemar faz parte dos Conselhos de Administração da Ultrapar , da Iochpe Maxion e da Suzano.
Ele é formado em Engenharia Mecânica pela USP, fez mestrado em Finanças na PUC-Rio e doutorado em Economia pela Unicamp.