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Flávio Rocha: Presidente do Conselho Guararapes

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Saulo Pereira

Saulo Pereira

Redator

Desde pequeno, Flávio se destacou na escola. Nevaldo conta em uma de suas poucas entrevistas que se surpreendia com o menino: “Por que diabo esse menino é o primeiro da classe se não estuda? Não vejo ele estudando. O segredo dele era esse, não estudava, mas na aula prestava atenção.”

Nevaldo via talento no filho e o colocou para tocar a marca própria de Jeans da Riachuelo, chamada Pool.

Por conta do projeto, ele tinha que viajar muito e perder muitas aulas, o que o fez largar o curso de Administração na FGV em 1982. Curiosamente, no FRE consta que ele possui duas pós-graduações em Harvard, mesmo sem ter graduação em nenhuma faculdade 🤔.

Nessa época, Flávio recebeu em seu escritório um jovem em início de carreira, chamado Ayrton Senna, e seu empresário Armando Botelho.

Senna estava cabisbaixo, pois o dinheiro que tinha recebido do pai para mantê-lo na Inglaterra tinha acabado. Assim, junto com o Banerj, Flávio fechou o patrocínio com Senna para a Fórmula 3, através da marca Pool.

Logo depois, o piloto foi campeão britânico e rapidamente ascendeu para brilhar na Fórmula 1. A experiência bem sucedida de Flávio não surgiu do nada.

Desde novo ele já se envolvia com os negócios da família. Com apenas 14 anos, saía das aulas e ia direto para a sede da empresa em São Paulo.

Quando Nevaldo resolveu passar o bastão, Flávio chegou chegando na presidência da Guararapes e em seus anos como CEO garantiu um CAGR de 13,8% da Receita Líquida, que era de aproximadamente R$ 1,8 bilhão em 2007 e fechou 2017 em R$ 6,5 bilhões.

Sua atuação lhe rendeu vários prêmios, como o de melhor CEO do país pela Forbes (mais de uma vez), empreendedor do ano pela revista IstoÉ Dinheiro e CEO do ano pela revista Consumidor Moderno.

Em 2018, ele deixou a empresa pois queria seguir um sonho maior: se tornar Presidente da República. O sucessor de Nevaldo se autoproclama um defensor do livre mercado, da democracia e das reformas no Estado.

Sua participação na política teve início em 86, quando foi eleito deputado federal do Rio Grande do Norte. Foi reeleito em seguida e, então, decidiu lançar sua candidatura pelo PL (Partido Liberal).

No fim, acabou optando por apoiar FHC e retirou sua candidatura. Dessa vez, rumo ao executivo, Flávio se lançou pelo PRB (Partido Republicano Brasileiro).

Contudo, novamente ele decidiu retirar sua candidatura, afirmando que o país passava por um momento turbulento e que não podia flertar com extremos.

Segundo ele, é necessário que todos que sonham com um Brasil livre e democrático se unam em um projeto de convergência.

Assim nasceu o Movimento Brasil 200, que ele mesmo fundou para reunir um grupo de empresários de alto escalão para representar o setor privado no debate político e econômico no país.

Como o projeto de candidatura não seguiu adiante, no ano seguinte, Flávio voltou para a Guararapes assumindo a presidência do conselho de administração, onde permanece até hoje.

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