Pedro Bartelle é filho de Pedro Grendene. Antes de dirigir a empresa de seu pai, dedicava a vida ao automobilismo, onde pilotou dos 14 aos 22 anos.
Começou no kart, passou pelas fórmulas Ford e Chevrolet até competir na Fórmula 3 Sul-Americana, onde chegou a ser vice-campeão.
Enquanto competia, conciliava as corridas e treinos com os estudos, conseguindo se graduar em Administração.
Ele considera que a modalidade foi uma grande escola: “O automobilismo é uma escola fantástica, o piloto tem que cuidar de patrocínio, imagem, logística de equipe.
Ainda aprende muito de estatística, métricas, interpreta infográficos.”
No meio disso tudo, ele ainda teve tempo para empreender. Em 94, com 18 anos, abriu o primeiro outlet da Reebok, que na época estava sob comando da Vulcabras.
Seu empreendimento cresceu e ele chegou a comandar 4 outlets.
Não satisfeito e antecipando o advento do e-commerce, abriu no ano seguinte uma loja de multimarcas online, a Site Shoes.
Na época, não deu muito certo por conta da indústria. As formas de cada marca de calçados eram muito diferentes e isso acabou gerando um índice de devoluções alto, já que os consumidores compravam um calçado esperando um tamanho e quando chegavam não cabiam nos seus pés.
Sendo filho de quem é, claro que sua entrada no mundo corporativo não seria por baixo.
Com a pouca experiência que acumulou em seus empreendimentos, chegou na Vulcabras em 2001, montando e gerindo 20 outlets. Dois anos depois, se mudou para a Argentina e assumiu o comando da B&S, filial da companhia no país.
Lá, liderou uma equipe de 80 pessoas e chegou a montar uma fábrica.
Ao retornar, se tornou Diretor de Marketing e, então, assumiu a presidência em 2015. Entrou no lugar de Leonardo Horta, que estava na presidência desde a saída de Pedro — o pai, nesse caso — da diretoria. Além de CEO, Pedro Bartelle também é Vice-Presidente do Conselho de Administração.
Não podemos esquecer de falar que Bartelle também herdou o estilo bon vivant de seus antecessores.
No final de 2017, ele chamou atenção na mídia por apostar US$ 100 mil no número 32 na roleta em um cassino em Punta Del Leste e supostamente ganhar US$ 3,5 milhões de dólares no feito.
A assessoria do CEO da Vulcabras desmentiu a história. Disse que ele estava apostando junto com os amigos e que ganhou, em grupo, apenas US$ 70 mil. Que chato .
